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Entenda como a vacina contra a gripe funciona

O Ministério da Saúde iniciou o envio aos estados da vacina contra a influenza no início deste mês. Nas três primeiras remessas (1º a 15 de abril), os estados recebem 25,6 milhões de doses, que corresponde a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano. Desse montante, serão entregues 5,7 milhões de doses somente para São Paulo.

De acordo com o órgão, a entrega das vacinas aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados. A campanha de vacinação acontece em todo o país do dia 30 de abril (com mobilização especial em todo o país) até 20 de maio. A campanha será mantida para esse período, quando os estoques estarão abastecidos para a realização da estratégia nacional.

Até o momento, foram registrados 444 casos de síndrome aguda respiratória grave por influenza A (H1N1) em todo o Brasil, sendo 71 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. O maior número de casos foi registrado em São Paulo, com 55 óbitos. A síndrome se caracteriza por febre, tosse e desconforto respiratório. No ano passado inteiro, foram 36 mortes por H1N1 no país. Vacinação contra influenza é a intervenção mais importante na redução do impacto da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a ação é uma resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para controlar a circulação de amostras dos vírus. Segundo a pasta, a constante mudança dos vírus influenza requer monitoramento global e frequente reformulação da vacina.

Em novembro de 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, endossou a orientação da OMS e adotou a vacina trivalente, que contém os vírus determinados pela OMS. Ela é produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo. A vacina disponível nas clínicas particulares é a tetravalente, que protege contra uma variação a mais do vírus da gripe.

vacina

Quais são os tipos de vacina de gripe?

A vacina contra a gripe protege contra a influenza A, incluindo a prevenção contra a cepa H1N1, e a influenza B. Mas, dentro dessa característica em comum, pode haver variações.

Como a vacina é elaborada?

Anualmente, a OMS convoca duas consultas técnicas, em fevereiro e setembro, para recomendação das amostras vacinais candidatas que irão compor as vacinas contra influenza sazonal dos hemisférios norte e sul. Uma amostra vacinal candidata é um vírus influenza que o Centro de Controle de Doenças CDC (ou um dos colaboradores da OMS) seleciona e prepara para uso na produção de vacinas. Amostras vacinais candidatas são tipicamente escolhidas com base na similaridade com os vírus influenza que estão se disseminando e causando infecções em humanos, assim como na sua habilidade de multiplicação em ovos de galinha, onde os vírus vacinais são cultivados.

Por que a vacina muda todo ano?

Devido a essa mutação dos vírus, é necessário se vacinar anualmente contra influenza. Grupos prioritários podem receber gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.

Quais vacinas existem contra a gripe?

Há duas vacinas disponíveis a trivalente e a tetravalente (ou quadrivalente). São os seguintes os vírus nelas contidos:

Trivalente: A (H1N1); A (H3N2); Influenza B do subtipo Brisbane

Tetra ou Quadrivalente: A (H1N1); A (H3N2); 2 vírus Influenza B, que são os subtipos Brisbane e Phuket.

A proteção contra o H1N1 está contida nas duas.

Estão indicadas para todas as pessoas, exceto para bebês com menos de 6 meses de idade. Dependendo do fabricante da vacina, um dos tipos da tetra só pode ser dado para crianças maiores de 3 anos de idade. A Trivalente pode ser dada para todos acima de 6 meses. Crianças de 6 meses a 1 ano tem que tomar duas doses com intervalo de 1 mês.

Qual é a vacina oferecida pelo SUS?

A vacina oferecida pelo SUS nos postos de saúde e centros de vacinação é a trivalente.

E a vacina da clínica particular?

Clínicas particulares costumam oferecer, além da vacina trivalente, a vacina tetravalente. Essa vacina também pode ser chamada de quadrivalente e já é oferecida pelo sistema público de saúde dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

Qual deve ser o preço da vacina? Como denunciar preços abusivos?

Segundo o Procon, caso seja constatado reajuste abusivo, as empresas poderão ser autuadas. O órgão não informou quantos hospitais foram notificados e se são da capital ou de outras cidades do estado.

O Procon investiga a informação de que houve hospitais e laboratórios privados que reajustaram o preço da vacina de R$ 120 para até R$ 215. No ano passado, segundo o órgão, o preço médio do imunizante era R$ 45.

Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?

Uma média de 2 a 3 semanas.

Quem tem prioridade para se vacinar gratuitamente?

– Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;

– Gestantes;

-Trabalhador de saúde;

-Povos indígenas;

-Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;

-População privada de liberdade;

-Funcionários do sistema prisional;

-Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis;

-Pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias).

Qual é o calendário de vacinação na rede pública?

A campanha nacional de vacinação contra gripe está marcada para começar no dia 30 de abril e vai até o dia 20 de maio. Alguns estados, como São Paulo, podem antecipar a vacinação pelo SUS devido ao aumento precoce de casos da infecção. O Ministério da Saúde anunciou que começaria a enviar as doses aos estados a partir desta sexta-feira (1º).

04/04: vacinação gratuita dos profissionais de saúde.

11/04: podem ser vacinadas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.

30/04: além dos grupos anteriores, podem receber a vacina puérperas de até 45 dias, detentos, funcionários da rede prisional e indígenas.

Quais são as contraindicações para a vacina?

De acordo com o Portal da Saúde, pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Quem está com imunodepressão, natural ou medicamentosa, deve receber orientações específicas do próprio médico.

  • Informações do Ministério do Trabalho