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Reitoria da UFBA promete reforçar segurança do campus

A falta de iluminação e a insegurança fazem com que a estudante Mariana Mascarenhas, de 19 anos, entre ligeiro no carro toda vez que suas aulas noturnas do bacharelado interdisciplinar de saúde chegam ao fim no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia.

“Não posso parar, já saio correndo, porque o estacionamento é escuro e a gente fica com medo de assaltos”, conta ela, reclamando da livre circulação de não alunos no pavilhão de aulas.

UFBA Foto: Margarida Neide
UFBA               Foto: Margarida Neide

 

A sensação de medo pela qual Mariana passa atinge também a estudante Stephanie Luyse, 23, do curso de medicina veterinária.

Ela lembra que a reivindicação de segurança pessoal para a comunidade acadêmica é histórica, já que a Ufba só oferece proteção patrimonial em seus campi.

“O que podemos fazer é evitar os locais onde sabemos que não tem iluminação, como a Politécnica, no bairro da Federação e o Instituto de Química, em Ondina”, afirma a estudante.

Reforço

Justamente por causa desses relatos, a Reitoria da Ufba informou esta semana a estudantes, funcionários e professores que colocará em prática um conjunto de medidas para reforçar a segurança da comunidade acadêmica. As ações, segundo comunicado da universidade, serão conduzidas por uma força-tarefa da Pró-Reitoria de Administração e da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura.

Entre as medidas estão a intensificação das rondas em motocicletas, o reforço e a manutenção da iluminação dos pavilhões e a instalação de guaritas nos campi de Ondina, Canela e São Lázaro. A Ufba solicitou, ainda, o aumento da patrulha da Polícia Militar e da Polícia Civil nas áreas externas da universidade, onde ocorrências de assalto aumentam.

Em nota, a PM informou à equipe de A TARDE que o policiamento da área externa dos campi é realizado pela 11ª CIPM (faculdades de Administração, Direito e Educação) e pelo 18º Batalhão (Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas).

“Com o retorno das aulas, a 11ª CIPM disponibilizou uma viatura para reforçar a segurança nos horários de entrada e saída, enquanto o 18º Batalhão intensificou as rondas no local”, diz comunicado do órgão.

A pós-graduanda em ciências sociais Rutte Andrade, 31, afirma que a principal necessidade dos campi é o controle do acesso. Ela considera o local seguro, mas se incomoda com a falta de identificação dos transeuntes nas portarias. “Aqui é tranquilo, já estive à noite, mas não há identificação de quem entra e sai”, afirma.