
A decadência de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol e o sumiço de R$ 2,8 bilhões da Lava Jato
Sérgio Moro isolado e Deltan cassado
Philipe Campos
O que parece em Curitiba é que políticos da esquerda e da direita tem algo bastante em comum, a decadência. De um lado está o atual senador Sérgio Moro isolado e o do outro o ex-deputado federal Deltan Dallagnol que já foi cassado.
Na última semana, a Lava Jato sofreu três pesados golpes: a cassação do mandato de Deltan Dallagnol, as graves denúncias do empresário e agente infiltrado da força-tarefa de Curitiba, Tony Garcia, e a autorização pelo STF para o depoimento de Tacla Duran na Câmara dos Deputados.
Uma outra ação para cassar o mandato de Sérgio Moro, também é movida pela Federação Brasil da Esperança, que pede a cassação do mandato do ex-juiz também pelo abuso de poder econômico e por gastos realizados ainda na fase de pré-campanha. Moro não prestou contas da pré-campanha presidencial fracassada, que foi impulsionada com recursos financeiros oriundos do Podemos, seu então partido.
E nesta segunda-feira (12), o ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça, iniciou uma inspeção sobre os depósitos judiciais efetuados por empresas e réus investigados pela operação Lava Jato. A apuração será realizada no TRF-4 e envolve inicialmente o montante de cerca de 300 milhões de reais.
Deltan Dallagnol é cassado porque tentou utilizar parte dos recursos dos depósitos judiciais para capitalizar a Fundação Lava Jato, um projeto de mecanismo político de promoção da imagem dos procuradores e de Sergio Moro. A iniciativa foi barrada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O sumiço de R$2,8 bilhões da Lava Jato
A pergunta que não quer calar, para onde foram R$ 2,8 bilhões de reais? A 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável por arrecadar impressionantes R$3 bilhões por meio de acordos de leniência e colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, uma questão alarmante vem à tona: desses valores, apenas R$200 milhões permanecem. As planilhas bancárias da vara já continham essas informações, mas ainda não se sabe o paradeiro dos R$2,8 bilhões.
A investigação do CNJ visa esclarecer a situação e garantir a prestação de contas adequada. É essencial que se identifique de forma precisa e transparente o destino desses R$2,8 bilhões, afinal, trata-se de recursos oriundos de depósitos judiciais.
Imaginava-se que o sumiço era de apenas R$300 milhões. No entanto, planilhas bancárias da 13ª Vara Federal de Curitiba apontam desfalques de incríveis R$2,8 bilhões.
Planilhas bancárias da 13ª Vara Federal de Curitiba, mostram que valores relativos ao acordo de leniência da Brasken e outras empresas. Parte desse dinheiro seria para capitalizar a Fundação Lava Jato, cuja iniciativa foi barrada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Afinal, cadê os R$ 2,8 bilhões que estavam aqui?
Fonte: Blog do Esmael / Conselho Nacional de Justiça