Oito bancos anunciaram que entrarão no programa de negociação de dívidas do Governo Federal.
Philipe Campos
Na última quinta-feira (29), oito bancos públicos e privados anunciaram que deverão participar do Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do Governo Federal. Entre os bancos anunciados estão a Caixa, Banco, Itaú, Bradesco, Santander, Inter, Pan e C6 Bank.
O que é o Programa Desenrola Brasil
O Programa Desenrola Brasil é um programa de renegociação de dívidas, criado pelo Governo Federal. Ele oferecerá duas faixas de negociação com o governo, estimando a participação de R$ 70 milhões de endividamento e a pactuação de acordos na ordem de R$ 100 bilhões.
Faixa 1 de negociações
A faixa 1 será voltada para quem se tornou inadimplente a partir de 1º de janeiro de 2019 e permaneceu assim até 31 de dezembro de 2022, com dívidas de até R$ 5 mil. O interessado não pode receber mais do que dois salários-mínimos (R$ 2.640) e precisa estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). Para esta categoria, não é possível negociar dívidas de crédito rural, financiamento imobiliário e operações com funding ou risco de terceiros.
A dívida poderá ser dividida em até 60 meses, com parcelas acima de R$ 50 e taxa de juros de no máximo 1,99% por mês (ou segundo a política de juros do banco). A quitação do valor será feita por Pix, boleto ou débito. O prazo de carência será de 30 a 59 dias.
Foto – Carlos Magno – Futura Press – ESTADÃO CONTEÚDO
Faixa 2 de negociações
A faixa 2 terá negociação direta com o banco credor. Contudo, antes de operar no programa, os bancos devem retirar o nome das pessoas com dívidas de até R$ 100 até o dia 27 de julho. A retirada do nome não representa o perdão da dívida, que deve ser paga através do Desenrola Brasil.
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no começo do mês de julho serão realizados os leilões de compra de créditos dos credores interessados em participar. Na sequência, serão abertas as negociações com os devedores.
Ainda de acordo com Haddad, o desenho do programa prevê que o credor ofereça o maior desconto possível para as pendências financeiras adquiridas. As instituições incorporadas à medida terão crédito líquido, ou seja, garantido pelo Tesouro.
Fontes: JP Economia / Governo Federal
