Skip links

Colete adaptado: Aluna com paralisia cerebral é incluída em dança junina por professora

A iniciativa emocionou a mãe e os colegas de classe.

Philipe Campos

Um momento bastante especial e único, aconteceu no dia 27 de junho, na escola municipal Jaci Dourado Matielli, zona oeste de Sorocaba, São Paulo, quando a professora Márcia Barbosa usou um colete adaptado para inclusão da pequena Alice Camargo Domingues de apenas cinco com paralisia cerebral pudesse dançar a quadrilha junina com seus colegas de classe.

A professora que planejou a ação contou que apresentou para a mãe a ideia de que na dança as duas pudessem se tornar a extensão do corpo uma da outra. Com apoio da mãe da menina, foi ensaiada a “dança da roda”, na qual Alice ficou no centro e as crianças em volta. Os alunos da sala ficaram animados e colaboraram para que tudo ocorresse da melhor forma.

“Eles fizeram a coreografia e ajudaram muito porque eles estavam todos participativos e todos felizes. Então, foi muito gostoso. É uma sensação gratificante. A gente faz porque eu sou professora, é o meu trabalho, não é nenhum além. Isso é estar em inclusão: eu, como professora, pensar no todo,” contou a professora.

A mãe da Alice, Rafaela Domingues de 32 anos, muito emocionada conta que conseguiu emprestado o colete com a equipe de fisioterapia da menina. A apresentação foi a última da programação da escola, devido ao tempo que levou para que tudo fosse arrumado. O momento especial para a filha começou a ser planejado em março.

“Muito emocionante. Foi um grande desafio, mas a professora fez com amor, com muita vontade. As crianças ficaram encantadas em ver a Alice em pé porque eles já tiveram uma aproximação com a Alice, uma amizade grande. Então, eles ficaram felizes. “Foi um aprendizado para todo mundo. É a primeira aluna que é cadeirante e tem deficiências física e motora nesse grau na escola. Enquanto família, é um alívio poder deixar ela na escola e saber que ela vai estar bem, não só bem cuidada, mas que ela vai participar de todas as atividades.”

Inclusão, aprendizado e muitas trocas

Alice está matriculada na escola desde agosto de 2022 e esta foi a sua primeira festa junina com os colegas de sala. Rafaela detalha que, desde o começo, a menina sempre foi bem recebida.

Desde que Márcia soube que teria a Alice como aluna, ela relata que já tinha conhecimento sobre o caso dela e passou a pesquisar e conversar com os pais sobre aspectos da personalidade da menina para fazer um planejamento de atividades.

A professora destaca que toda experiência é uma troca, tanto para Alice quanto para os alunos. Assim, eles aprendem mais sobre a união e ajuda ao próximo.

Fonte: TV Globo Sorocaba e Jundiaí