Crimes e Escândalos: a Verdadeira Face de Jair Bolsonaro
Murillo Torres
O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro é o protagonista de uma série de acusações que abalam sua imagem e que revelam mais uma vez, a impunidade que existe por trás da política brasileira.
Entre os crimes que pesam sobre ele estão o recebimento de presentes não declarados, organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e crimes contra a humanidade, entre outros.
Revelando um padrão de comportamento ilícito durante o mandato do “Mito”, hoje a Carvalho News relembra e detalha algumas dessas acusações, que comprometem a integridade da democracia no país, colocando a nação diante da necessidade de reavaliar e exigir políticas verdadeiramente baseadas em transparência e justiça.
Alguns dos crimes cometidos por Jair Bolsonaro:
Recebimento de Presentes Não Declarados
A acusação de recebimento de presentes não declarados envolve itens luxuosos, como as joias sauditas, que deveriam ser registrados oficialmente como bens do Estado. A falta de declaração desses presentes levanta suspeitas de tentativa de ocultação de patrimônio e evasão fiscal.
Organização Criminosa
Organização criminosa é a participação em um grupo estruturado para a prática de crimes. Bolsonaro e membros de seu governo são acusados de formarem uma organização criminosa não apenas no caso das joias, mas também em outras investigações. Essas incluem esquemas de corrupção e desvio de recursos públicos, evidenciando um padrão de comportamento ilícito dentro do governo.
Lavagem de Dinheiro
Lavagem de dinheiro envolve a ocultação e dissimulação de recursos obtidos de forma ilegal. A acusação contra Bolsonaro e seus aliados está relacionada à movimentação suspeita de recursos, que inclui o caso das joias sauditas. Várias investigações estão em andamento para identificar a origem e o destino desses recursos, sugerindo um esforço para legalizar dinheiro proveniente de atividades criminosas.
Falsificação de Documentos e Inserção de Dados Falsos
Bolsonaro é acusado de envolvimento na falsificação de registros de vacinação contra a Covid-19. Esta prática teria implicações graves para a saúde pública, ao minar a confiança nas instituições de saúde e nos esforços de controle da pandemia. A inserção de dados falsos em sistemas oficiais é um crime que compromete a integridade das políticas públicas e a segurança da população.
Crimes Contra a Humanidade
Crimes contra a humanidade referem-se a atos desumanos cometidos de forma sistemática contra uma população. No relatório final da CPI da Covid-19, Bolsonaro foi acusado de promover tratamentos sem eficácia comprovada contra a doença e de negligenciar a aquisição de vacinas, resultando em milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. Essas ações configuram uma grave violação dos direitos humanos.
Incitação ao Crime e Charlatanismo
Durante a pandemia, Bolsonaro teria incitado a população a desobedecer medidas sanitárias, como uso de máscaras e distanciamento social. Estas ações não apenas colocaram a saúde pública em risco, mas também caracterizam charlatanismo e incitação ao crime, ao fomentar comportamentos contrários às recomendações científicas e legais.
Tráfico de Influência
Tráfico de influência refere-se ao uso indevido da posição de poder para favorecer interesses pessoais ou de terceiros. Bolsonaro é acusado de ter utilizado sua influência para beneficiar aliados próximos, direcionando contratos e favorecendo empresas e indivíduos com os quais tinha relações estreitas.
Atos Antidemocráticos
Bolsonaro é acusado de incitar atos golpistas e antidemocráticos, especialmente em relação às eleições presidenciais de 2022. Ele tentou deslegitimar o resultado das eleições, questionando sem provas a integridade do processo eleitoral e incentivando manifestações contra o resultado oficial.
Espionagem Política
A Polícia Federal está investigando Alexandre Ramagem, ex-chefe da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) por supostamente utilizar a agência para espionar adversários políticos durante o governo Bolsonaro. Há alegações de que a ABIN criou uma “estrutura paralela” para realizar ações ilícitas, incluindo a criação de narrativas falsas e interferência em investigações policiais que envolviam os filhos de Bolsonaro.
Tentativa de Golpe
Bolsonaro e alguns oficiais militares de seu círculo íntimo estão sendo acusados de planejar um golpe de estado. A investigação sugere que conspiraram para impedir a posse de seu sucessor, o presidente Luíz Inácio Lula da Silva, utilizando medidas extremas para desestabilizar a transição de poder, evidenciando uma tentativa de subversão democrática.
Advocacia Administrativa
Advocacia administrativa ocorre quando servidores públicos usam suas posições para favorecer terceiros ou a si mesmos em questões relacionadas ao cargo. Neste caso, funcionários com altos cargos no governo teriam utilizado suas posições para favorecer Flávio Bolsonaro, discutindo estratégias para proteger seus interesses legais em investigações de corrupção.
Prevaricação
Bolsonaro é acusado de prevaricação por não denunciar o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que, segundo ele, teria solicitado vantagens ilícitas para interferir em uma investigação policial no estado. A omissão de Bolsonaro em denunciar tais práticas configura prevaricação, pois ele deixou de cumprir seu dever legal de reportar crimes às autoridades competentes.
Ataques de 8 de Janeiro
Os ataques de 8 de janeiro referem-se à invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília por apoiadores de Bolsonaro, insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022. Esses atos de violência e vandalismo visavam intimidar as instituições democráticas e foram incentivados por discursos inflamados e teorias conspiratórias disseminadas por Bolsonaro e seus aliados.
As consequências legais e políticas
Além das consequências legais, como pagamento de multas, perda de bens e a prisão (que só no caso das joias poderia resultar em 32 anos de cadeia e no caso da falsificação dos comprovantes de vacina, mais 15 anos), uma condenação pelos crimes citados aqui e outros, poderia resultar na perda de direitos políticos, tornando-o inelegível a cargos públicos também por mais de 30 anos.
Quando Bolsonaro será preso?
A resposta a essa pergunta, embora muito ansiada tanto por não apoiadores quanto por apoiadores do ex-presidente, não é tão simples. Isso porque, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, precisa apresentar denúncias formais. Mesmo sendo pressionado por uma parte do Judiciário e por investigadores da PF, Gonet afirma que o indiciamento do ex-presidente só ocorrerá no ano de 2025.
Tudo indica que alianças e interesses políticos protegem Bolsonaro em detrimento da justiça, da equidade e da transparência, revelando mais uma vez o Brasil como o país da impunidade. Lamentável!