A previsão é de alta mesmo com desaceleração do comércio mundial.
Philipe Campos
De acordo com o relatório do Indicador de Comércio Exterior divulgado na última quarta-feira (21) pela Fundação Getúlio Vargas, mesmo na contramão do comércio mundial, as exportações brasileiras devem crescer mais de 5% em 2023, após ter aumentado 4,4% no ano anterior, em 2022.
De janeiro a maio de 2023 deste ano, o volume de exportações do Brasil avançou 9,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a maio de 2022, essa elevação foi de 0,6% comparado ao mesmo período do ano anterior. “A Fundação Getúlio Vargas sugere que a previsão de piora da OMC para a região (América do Sul) não deverá se aplicar ao Brasil. É esperado que o ritmo de crescimento desacelere no segundo semestre com menores embarques da soja, piora nas vendas para a Argentina e seguindo com o recuo nas vendas para a União Europeia.
Brasil entre as maiores economias mundiais
Ainda de acordo com o relatório de Indicador de Comércio Exterior, o Brasil está entre umas das maiores economias da região e um dos maiores exportadores. Entre os 30 principais exportadores mundiais de 2022, o único país (sul-americano) que integra a lista é o Brasil na 26ª posição (participação de 1,3% nas exportações mundiais). Nesse contexto, a previsão do crescimento do volume de exportação na região (América do Sul) é fortemente influenciada pelo desempenho do Brasil.
Já no saldo da balança comercial, o Brasil atingiu o recorde de US$ 11,3 bilhões em maio. No acumulado do ano, de janeiro a maio, o superávit ficou em US$ 34,9 bilhões. O mês de maio manteve a tendência de queda nos preços exportados e importados em relação ao ano anterior, mas aumento nos volumes.
No caso das exportações, os preços recuaram 13,4% em maio de 2023, em maio de 2022, o volume cresceu 28,4%. Nas importações, os preços diminuíram 13,7% em maio deste ano, já em maio do ano passado, o volume teve elevação de 1,8%.
Fonte: CNN Brasil
