
Escolas do ES usam de criatividade para superar obstáculos impostos pela pandemia
As escolas de educação infantil foram as que mais sentiram durante a quarentena, mas com boas estratégias estão conseguindo superar as dificuldades
Júlia Vitória
Com o início da pandemia, diversos setores foram impactados, sendo necessário o isolamento social, medidas de higiene. Um novo normal se iniciou com alguns desafios para o governo. Todos os segmentos como, por exemplo, igrejas e empresas tiveram que se adaptar. As instituições de ensino também precisaram buscar uma nova forma de funcionar junto com alunos e funcionários.
No estado, desde o último dia 17 de março, as aulas estão suspensas, ou tendo atendimentos online, só voltando a funcionar em outubro, sete meses depois do início da pandemia. A Secretaria de Educação do Estado (Sedu), distribuiu um “Guia da Família”, com informações sobre os retornos dos alunos as escolas, protocolo de higiene, funções dos funcionários sobre a volta híbrida das aulas.
Foi elaborado um plano de estratégico para a retomada das aulas, pelo sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo, o Sinepe-ES, contudo mesmo com todas as medidas de segurança, muitos ainda têm medo de voltar às atividade presencialmente, a insegurança é maior ainda na educação infantil os pais ainda não estão completamente seguros de que podem mandar os filhos de volta para a escola.
Para o presidente do Sinepe-Es Moacir Lellis, para alguns pais a educação infantil é somente para as crianças brincarem e que elas não entendem essa fase na vida escolar, ele fala que tiveram problemas no período de pandemia, pois os pais acham que estão levando as crianças para brincar, mas esta fase é importante para os pequenos, pois é o período que estão sendo alfabetizados e criando laços se desenvolvendo.
A falta de entendimento da importância da vida escolar nesta idade, fez com que muitos pais retirassem os filhos da escola, segundo Lellis, no início da pandemia a evasão escolar cresceu muitos, cerca de setenta por cento, mas que com a retomada das aulas presenciais esse os pais voltaram a levar os filhos aumentando a frequência a educação infantil.
A professora e doutora em educação, Cleonara Maria Schwartz, relata que as brincadeiras têm um fundamento pedagógico. A educação infantil é o primeiro passo para a educação básica através dela que começa a integrar a educação básica com o objetivo de ressaltar a importância para o resto da formação humana daquela criança e do desenvolvimento pessoal, social e emocional.. Segundo a especialista, novas alternativas devem ser criadas para que as crianças não fiquem sem estudar na pandemia.
Algumas escolas se adaptaram rápido a nova forma de dar aulas, esse foi o caso da escola Americana de Vitória, onde estuda o Theo de dois anos e a Mariana de quatro anos, a mãe deles a servidora pública Júnia de Rezende Lima Perenzi fala que a escola em pouco tempo fez as adaptações necessárias e começou com as aulas online, dando todo o suporte para as famílias. Para as aulas online a mãe sempre buscava algo novo para os filhos e os professores também ficavam a disposição, para auxiliar nas atividades.
A Escola Americana de Vitória adotou um sistema híbrido deixado os pais decidirem se levavam os filhos ou não, também foi realizado um projeto de ensino individualizado para as crianças menores.
Em todos os momentos tinha uma psicóloga, pedagoga e os professores par ajudar os pais e os alunos, mas atividades online. Isso ajudou no desenvolvimento das crianças.
Após ver que as atividades online com muitos alunos não dava certo, a instituição adotou o sistema de ensino individual, para ter uma integração maior entre o aluno e o professor. A diretora enfatiza que neste momento a escola é muito importante e segura para os alunos, sendo que é essencial as crianças começarem a estudar cedo para ter um desenvolvimento mais abrangente.
A relação de família e escola é bastante importante neste período, a instituição Centro Educacional Vicente Pelicioni (CEVIP) teve uma aproximação fundamental nesse novo normal. A interação entre os pais e funcionários foi o diferencial para que os pais não tirassem seus filhos da escola, a instituição também se adaptou rápido ao novo normal e isso foi essencial para todos.
A relação escola e família dura mais de 24 horas, e a escola está adotando um protocolo rígido para receber os alunos em segurança. Desde a primeira semana, diante da atual situação mundial a escola elaborou roteiros que são enviados para os alunos. e se o aluno não participar das atividades a equipe pedagógica entra em contato sempre se preocupando com o bem estar dos pais e alunos da instituição.