Ex-jogador do Botafogo está em cela com mais 16 presos
Preso nesta quinta-feira, acusado de estuprar quatro adolescentes de Conceição do Araguaia (PA), o atacante Jobson, ex-Botafogo, está em uma cela, em uma delegacia de Conceição, com mais 16 presos, informou o delegado Rodrigo da Motta, que investiga o caso.
O jogador, no entanto, pode ser transferido para o presídio de Marabá, a cerca de 400 km de distância, a qualquer momento. Os advogados do jogador trabalham para que ele seja solto antes disso.
Segundo Rodrigo da Motta, Jobson não teve problema de relacionamento com os outros presos.
– Ninguém colocou a mão nele. Está sendo respeitado. Aqui a gente tem ordem. Os presos sabem que, se fugirem da disciplina, podem ser transferidos para um presídio e isso eles não querem – disse Rodrigo.
Durante o interrogatório da Polícia Civil do Pará, Jobson preferiu não se pronunciar sobre o caso. Ele só falará na presença dos advogados.
Entenda o caso
Jobson foi preso na manhã desta quinta-feira e não ofereceu resistência, conforme o comunicado da Polícia Civil do Pará. O inquérito policial foi instaurado há uma semana, na delegacia de Conceição do Araguaia, após uma das vítimas, uma garota de 13 anos, denunciar que fotos suas em situações pornográficas estavam circulando em grupos de rede social, por meio do WhatsApp.
Segundo relatou a vítima ao delegado Rodrigo da Motta, que investiga o caso, o jogador teria aliciado a jovem para levá-la até sua chácara, em Tocantins, junto com outras três adolescentes. Ali as vítimas teriam sido embriagadas e entorpecidas possivelmente com “roupinol”, para então serem abusadas sexualmente.
– Ele aliciava as garotas para fazer festas com bebidas e drogas e as levava para sua chácara ou para outros lugares. São quatro adolescentes, uma vai completar 13 anos, a outra já tem 13 anos completos e as outras duas têm 14 anos completos – informou o delegado.
Após o depoimento da adolescente, a Polícia Civil localizou as outras vítimas, que foram ouvidas e confirmaram o ocorrido. Todas passaram por exames periciais e atendimentos médicos. Os exames comprovaram que nas duas menores de 12 e 13 anos houve conjunção carnal (penetração). As outras duas adolescentes alegaram, em depoimento, que consentiram as relações sexuais, no entanto, afirmaram estavam sob efeito de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes colocadas na bebida.
Conforme o delegado, existe uma quinta adolescente que também acusa o jogador, porém o caso ainda está sob apuração e ainda não foi comprovado.