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Greve de Professores da rede pública é anunciada do Rio de Janeiro

A categoria reivindica do governador Cláudio Castro a implementação do piso nacional do magistério

Philipe Campos

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De acordo com a assembleia realizada na tarde de ontem (11), no Rio, professores e funcionários da rede estadual de educação decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira (17). Uma assembleia já está marcada para a próxima quinta-feira (18), às 14h, no Largo do Machado, na zona sul do Rio, logo após uma passeata será realizada em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo.

Reivindicações

Mais de mil profissionais da educação estadual compareceram à assembleia e reivindicam que o governo implemente o piso nacional do Magistério para os docentes e piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário-mínimo nacional.

Eles também denunciaram que, atualmente, o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual. Enquanto o piso nacional é de R$4.420,55, o professor de uma escola estadual do Rio tem um piso de R$1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos entre outros), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário-mínimo, no valor de R$802,00. O estado do Rio tem 1.230 escolas estaduais, com 23 mil turmas e mais de 678 mil alunos nos 92 municípios fluminenses.

Além das reivindicações econômicas, a classe também defende a revogação do Novo Ensino Médio e a convocação de concursados para o magistério dos concursos dos anos de 2013 e 2014 e de inspetores de alunos do concurso também de 2013, além da abertura de novos concursos para suprir a carência de profissionais nas escolas e para as funções de assistente social e psicólogos, como resposta ao aumento da violência nas escolas.

Momento da votação da greve a partir de quarta, dia 17 de maio Foto Flavia Marques

Resposta da Secretaria de Educação

A Secretaria de Educação informou em nota que “o governo respeita a decisão de greve dos profissionais da Educação e que o aumento concedido pelo governo é o pagamento do piso nacional no vencimento base para todos os cargos e níveis do magistério que não recebem o valor correspondente ao piso nacional de R$ 4.420,55 para professores de 40h. Essa era uma reivindicação antiga da categoria, já que o piso nacional não era pago desde 2015”.

A secretaria informou ainda que “a medida terá um impacto significativo para quase metade do funcionalismo. O Professor Docente II, por exemplo, que cumpre 22h semanais terá reajuste de 116%, passando de R$ 1.125,55 para R$2.431,30 e no caso de professor Doc II, 40h, que hoje recebe R$2.251,11 irá ganhar R$4.420,55, um acréscimo de 96% no vencimento”.

Desta forma, o governo afirma que há garantia de que todos os professores da rede estadual de ensino ganharão o determinado no piso nacional. Quanto ao plano de cargos e salários, a secretaria afirmou que não há disponibilidade orçamentária e financeira no momento para aplicação dele, já que o estado do Rio de Janeiro encontra-se em regime de recuperação fiscal.

Fontes: Agência Brasil

Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro