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Inscrições para o Enem 2023 começam nesta segunda-feira (5)

Interessados devem se inscrever até o dia 16 de junho

Philipe Carlos

De acordo com o Ministério da Educação e com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, começam nesta segunda-feira (5) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio 2023 (Enem). Provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro.

O Enem é uma das mais importantes portas de entrada nas universidades públicas ou privadas do país, ou seja, um dos critérios para ingressar nas instituições de ensino e para requisitar programas de auxílio estudantil.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 16 de junho através do endereço eletrônico: https://enem.inep.gov.br/participante.

Taxa de Inscrição

Além de realizar a inscrição, o aluno que não estiver apto à isenção da inscrição, deverá pagar o valor de R$ 85, que pode ser pago até 21 de junho. Após o pagamento sua inscrição estará confirmada. A taxa pode ser paga por boleto, pix ou cartão de crédito. Os pedidos de isenção já foram divulgados, caso a solicitação do estudante tenha sido negada, ele tem até a sexta-feira (12), para pedir um recurso para avaliar o indeferimento.

Cronograma

·         Inscrições: 5/6 a 16/06/2023

·         Pagamento da taxa de inscrição: 5/6 a 21/6/2023

·         Atendimento Especializado e Tratamento pelo Nome Social: Solicitação 5/6 a 16/6/2023; Resultado 26/06/2023; Recurso 26/6 a 30/6/2023; Resultado do recurso 05/07/2023

·         Aplicação das provas: 05 e 12/11/2023

·         Aplicação Enem PPL 2023/Reaplicação: 12 e 13/12/2023

·         Divulgação do Gabarito: 24/11/2023

Disciplinas e horários

O Enem será aplicado em dois domingos.

5 de novembro

O candidato deverá fazer:

·         45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);

·         45 questões de ciências humanas; e

·         redação.

20 de novembro

A prova trará:

·         45 questões de matemática; e

·         45 questões de ciências da natureza.

Aplicação das provas de acordo com o fuso de Brasília

·         Abertura dos portões: 12h

·         Fechamento dos portões: 13h

·         Início das provas: 13h30

·         Término das provas no 1º dia: 19h

·         Término das provas no 2º dia: 18h30

·         Resultados: 16/01/2024

A redação é uma das etapas mais importantes da prova e muitos almejam tirar nota máxima nesta disciplina. Os temas de 2022 foram os seguintes: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil” (aplicação regular); e “Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil” (reaplicação).

Confira abaixo um exemplo de redação nota 10, do estudante Luís Felipe de 24 anos que é gaúcho, mora na capital de Alagoas é formado em Engenharia de Petróleo e agora quer cursar medicina.

O poeta modernista Oswald de Andrade relata, em “Erro de Português”, que, sob um dia de chuva, o índio foi vestido pelo português – uma denúncia à aculturação sofrida pelos povos indígenas com a chegada dos europeus ao território brasileiro. Paralelamente, no Brasil atual, há a manutenção de práticas prejudiciais não só aos silvícolas, mas também aos demais povos e comunidades tradicionais, como os pescadores. Com efeito, atuam como desafios para a valorização desses grupos a educação deficiente acerca do tema e a ausência do desenvolvimento sustentável.

Diante desse cenário, existe a falta da promoção de um ensino eficiente sobre as populações tradicionais. Sob esse viés, as escolas, ao abordarem tais povos por meio de um ponto de vista histórico eurocêntrico, enraízam no imaginário estudantil a imagem de aborígenes cujas vivências são marcadas pela defasagem tecnológica. A exemplo disso, há o senso comum de que os indígenas são selvagens, alheios aos benefícios do mundo moderno, o que, consequentemente, gera um preconceito, manifestado em indagações como “o índio tem ‘smartphone’ e está lutando pela demarcação de terras?” – ideia essa que deslegitima a luta dos silvícolas. Entretanto, de acordo com a Teoria do Indigenato, defendida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, o direito dos povos tradicionais à terra é inato, sendo anterior, até, à criação do Estado brasileiro. Dessa forma, por não ensinarem tal visão, os colégios fometam a desvalorização das comunidades tradicionais, mediante o desenvolvimento de um pensamento discriminatório nos alunos.

Além disso, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência do progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que atuam nas áreas ocupadas pelas populações tradicionais não necessariamente se preocupam com a sua preservação, comportamento no qual se valoriza o lucro em detrimento da harmonia entre a natureza e as comunidades em questão. À luz disso, há o exemplo do que ocorre aos pescadores, cujos rios são contaminados devido ao garimpo ilegal, extremamente comum na Região Amazônica. Por conseguinte, o povo que sobrevive a partir dessa atividade é prejudicado pelo que a Biologia chama de magnificação trófica, quando metais pesados acumulam-se nos animais de uma cadeia alimentar – provocando a morte de peixes e a infecção de humanos por mercúrio. Assim, as indústrias que usam os recursos naturais de forma irresponsável não promovem o desenvolvimento sustentável e agem de maneira nociva às sociedades tradicionais.

Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para isso, o Ministério da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento da grade curricular das escolas – deve educar os alunos a respeito dos empecilhos à preservação dos indígenas, por meio da inserção da matéria “Estudos Indigenistas” no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos silvícolas e desconstruir o preconceito. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento – pasta instituidora da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – precisa fiscalizar as atividades econômicas danosas às sociedades vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante canais de denúncias.

Obs.: O texto transcrito acima é fiel ao do aluno, incluindo possíveis erros de português.

Fontes: MEC / INEP / Globo Educação