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Itabuna: laudo atesta qualidade duvidosa da água de poços

O Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações de fiscalização para evitar a proliferação de doenças causadas pelo consumo de água contaminada, oriunda de fontes duvidosas, principalmente de poços artesianos e cacimbas que não tenham sido fiscalizados pelo órgão da Prefeitura de Itabuna. Para proteger o itabunense foram adotadas medidas como a coleta diária de amostras de água que são enviadas para análises no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador.

O coordenador da Vigilância Sanitária, Antônio Carlos Carvalho, afirma que é importante a contribuição de quem adquire água diretamente dos proprietários de poços artesianos e posteriormente repassa para a população. O coordenador explica que essas pessoas devem exigir cópia do laudo do Lacen que ateste a qualidade da água fornecida. “Qualquer pessoa que adquire água de terceiros também deve ter acesso ao documento”, reforça.

De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária desde fevereiro já foram analisadas no município amostras de água de 130 poços artesianos, sendo que 80% tiveram a qualidade aprovada através de exames do Lacen. Os poços reprovados foram interditados pelo órgão municipal e seus proprietários receberam prazo para fazer a limpeza e tratamento com cloro para tornar potável a água destinada ao consumidor. Feito esse procedimento, a água é submetida a uma nova análise e, se aprovada, é liberada para o consumo humano.

Coordenador da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde Antonio Carlos Carvalho - Foto Gabriel de Oliveira
Coordenador da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde Antonio Carlos Carvalho – Foto Gabriel de Oliveira

RECOMENDAÇÕES

Antônio Carlos Carvalho explica que o ideal é que poços sejam perfurados a uma distância de pelo menos 15 metros de áreas contaminadas. “Para evitar a contaminação da água. Além disso, as fontes devem ser instaladas longe de lixões, fossas sanitárias, canais de macrodrenagem, valas e rede de esgoto. É importante que os proprietários façam estudo criterioso, antes da abertura de poços e cacimbas para evitar futuras complicações de saúde para quem vier a consumir essa água”, orienta.

O coordenador do Departamento de Vigilância Sanitária destaca ainda que é importante que o dono do poço ou cacimba contrate um técnico responsável para atestar, incialmente, a qualidade da água. Mas faz um alerta: os únicos laudos que servem para comprovar se água tem qualidade satisfatória ou não para o consumo humano são elaborados após análises de amostras pelo Lacen. “A nossa preocupação é evitar uma epidemia de doenças nesse período em que aumentou muito a quantidade de poços abertos por causa de uma das maiores crises hídricas dos últimos 50 anos no sul da Bahia”, observa.

Antônio Carvalho afirma ainda que, para abertura de poços artesianos em profundidade superior a 15 metros, o proprietário deve pedir autorização e outorga do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) como exigido pela legislação. Quem não cumprir o que as determinações da legislação ambiental, poderá ser punido, inclusive com abertura de processo judicial. Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas através do telefone (73) 3214-8313.