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Lula lamenta a alta taxa de juros brasileira

“Com juros de 10%, só quem perde é o povo brasileiro”, afirma o presidente.

Tienne Almeida

Na última quarta-feira (19), o banco Central (BC) interrompeu a queda das taxas de juros da SELIC, os juros baixos da economia, por unanimidade, o Copom (Comitê de Política Monetária), manteve a taxa em 10,5% ao ano. O Brasil agora tem a segunda maior taxa de juros do mundo.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou nesta quinta-feira (20), a decisão do Copom com a seguinte declaração: “Foi uma pena que o Copom manteve, porque quem está perdendo com isso é o Brasil, o povo brasileiro. Quanto mais a gente pagar de juro, menos dinheiro a gente tem para investir aqui dentro”, segundo reportagem da Agência Brasil.

Inimigo “oculto”

Lula também voltou a alfinetar o atual presidente do Banco central, Roberto Campos Neto ao defender que ele tem “tanta autonomia” quanto o Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, tinha durante seus primeiros mandatos como presidente da República. De acordo com o site Valor Econômico.

Acusando o Banco Central de “investir no sistema financeiro” e “nos especuladores que ganham dinheiro com juros”, Lula fez a seguinte declaração: “”Foi uma pena que o Copom manteve os juros porque quem está perdendo é o povo brasileiro. Quando mais alto os juros, menos dinheiro sobra para a gente investir aqui dentro [do Brasil] A decisão do BC não foi investir no povo brasileiro, foi investir no sistema financeiro, nos especuladores que ganham dinheiro com juros”, disse o presidente durante entrevista para a rádio “Verdinha”, de Fortaleza (CE).

O presidente ainda fez uma crítica ao pagamento via orçamento, de despesas financeiras com juros da dívida pública e com renúncia de impostos, com o seguinte questionamento: “Nós temos possibilidade de ter [este ano] um déficit de R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões. Aí eu fico olhando do outro lado da folha que me apresentam, só de juro, o ano passado, foram R$ 790 bilhões que a gente pagou. Só de desoneração foram R$ 536 bilhões que a gente deixou de receber. Por que não transforma em gasto a taxa de juros que nós pagamos? ”, Fonte Agência Brasil.