Skip links

Marcelo D2 vai ao STF contra proibição de manifestações políticas no Lollapalooza

O rapper Marcelo D2 deu uma procuração ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para que ele tente derrubar a liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impõe multa ao festival Lollapalooza caso artistas se manifestem politicamente durante seus shows.

A ideia partiu do deputado federal Marcelo Freixo, que é também candidato ao governo do Rio de Janeiro. Depois de conversar com o artista, Freixo fez a ponte entre ele e o advogado.

Kakay afirma que está em uma corrida contra o relógio, já que Marcelo D2 se apresenta logo mais no festival. Além de ir ao STF, ele vai apresentar um recurso ao próprio TSE para tentar derrubar a decisão.

“Ela é claramente inconstitucional e arbitrária, uma ofensa à liberdade de expressão e à manifestação artística”, diz ele.

O ministro Raul Araújo, do TSE, classificou como propaganda eleitoral as manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no Lollapalooza e determinou multa de R$ 50 mil para a organização do festival se houver outras.

A decisão liminar proíbe manifestações a favor ou contra qualquer candidato ou partido político, e foi tomada no sábado. Ela acata parcialmente um pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro, do PL, realizado na manhã daquele mesmo dia. Os advogados do PL também tinham solicitado condenação do Lollapalooza por propaganda eleitoral antecipada, o que não ocorreu.

O atual presidente, Jair Bolsonaro, do PL, foi o principal alvo dos protestos nos dois primeiros dias do festival. Na sexta, a cantora Pabllo Vittar desceu para a plateia e pegou uma bandeira vermelha com o rosto do ex-presidente Lula antes de deixar o palco. Já Marina —antes à frente da banda Marina and The Diamonds— xingou Bolsonaro e o mandatário russo Vladimir Putin.