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O valor de um professor

O valor de um professor

Professora Fernanda Belarmino

O professor é considerado pela sociedade, em muitos casos, como alguém que não conseguiu fazer outra coisa. Esquecem que o mesmo, para exercer tal função, graduou-se em uma área específica e, portanto, possui capacidade para lecionar. A relação entre professor e aluno se encontra comprometida em razão de vários fatores, dentre eles a perda do respeito pelo professor, pois é notável a desvalorização por parte da sociedade e dos alunos. 

Em muitos casos, os próprios alunos não acham importante o trabalho do professor: corrigir centenas ou até milhares de provas, trabalhos  bimestrais e anuais, elaborar diversos planos de aulas, projetos, participar de frequentes reuniões, manter-se  atualizado tanto com o conteúdo quanto  às novas tecnologias e as novas formas de ensinar, tudo faz parte das tarefas da profissão de professor.

Além disso, o professor ainda precisa trabalhar como psicólogo para tratar das diferentes personalidades de seus alunos e de conflitos que influenciam no aprendizado; lidar com crianças,  adolescentes e jovens sem nenhuma ou pouca educação,sem modos , sem limites pois, muitos pais transferem a incumbência de ensinar boas maneiras para a escola. Com isso o professor enfrenta o desafio de ensinar, em muitos casos,  quem não quer ou não se interessa em aprender.

Mesmo com tantas responsabilidades e afazeres o professor não é devidamente  valorizado. Seu trabalho de formador não é reconhecido. O declínio da profissão se deve pelos baixos salários praticados pela maioria das secretarias municipais e estaduais, além das particulares; aliada ao desprovimento de meios de trabalho e  da devida valorização por parte do governo e da sociedade. 
Professor está sempre errado

(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se É jovem, não tem experiência.

Se É velho, está superado.

Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.

Se Tem automóvel, chora de “barriga cheia’.

 Se Fala em voz alta, vive gritando.

Se Fala em tom normal, ninguém escuta.

Se Não falta ao colégio, é um ‘caxias’.

Se Precisa faltar, é um ‘turista’.

 Se Conversa com os outros professores, está ‘malhando’ os alunos.

Se Não conversa, é um desligado.

Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.

Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Se Não brinca com a turma, é um chato.

Se Chama a atenção, é um grosso.

Se Não chama a atenção, não sabe se impor.

 Se A prova é longa, não dá tempo.

Se A prova é curta, tira as chances do aluno.

Se Escreve muito, não explica.

Se Explica muito, o caderno não tem nada.

 Se Fala corretamente, ninguém entende.

Se Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.

Se Exige, é rude.

Se Elogia, é debochado.

 Se O aluno é reprovado, é perseguição.

Se O aluno é aprovado, deu ‘mole’.

É …….. o professor está sempre errado, mas se conseguiu ler até aqui,

agradeça a ele!

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A autora: Fernanda Belarmino é licenciada em Língua Portuguesa e Inglesa.

E ministra aulas de Inglês no Colégio Irmão Lucas (MG).