
Pantanal tem recorde de queimadas este ano
Tienne Almeida
O ano de 2024, não tem sido um ano muito bom para o meio ambiente no Brasil, o número de focos de incêndio que foram registrados esse ano no Pantanal, já supera o que equivale a esse mesmo período em 2020 (ano que até então tinha o recorde), para se ter uma ideia, as queimadas de 2024 registram 8% a mais do que 2020 e ainda estamos na metade do ano.
Os pesquisadores concluíram com base no levantamento feito com base nas espécies conhecidas, que os incêndios no bioma em 2020, afetaram pelo menos 65 milhões de animais vertebrados nativos e 4 bilhões de invertebrados. Os mesmos alertaram que a fauna e a flora do pantanal correm risco mais uma vez.
De acordo com o laudo técnico elaborado pelos setores de geoprocessamento dos Ministérios Públicos de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, as queimadas atingiram 45 milhões de hectares, em 21 municípios que fazem parte do pantanal.
Nos 19 primeiros dias deste mês, 2571 focos de incêndios foram registrados em todo o bioma, que no Brasil fica em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso.
Líder de queimadas na América do Sul
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam o Brasil como líder de número de focos de incêndio entre os países da América do Sul.
O ranking de focos de incêndios entre os dias 1º e 19 de junho entre os países da América do Sul:
- Brasil: 7214 focos;
- Paraguai: 2334 focos;
- Bolívia: 1935 focos;
- Argentina: 1446 focos;
- Peru: 335 focos.
O aumento exponencial dos focos de incêndio no Pantanal ainda em junho é causado pela antecipação da temporada do fogo, que chegaria só entre o fim de julho e agosto, dizem especialistas.
As queimadas são comuns e esperadas todos os anos, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, porém, os eventos climáticos adversos, a seca severa e a estiagem expuseram a planície ao fogo mais cedo em 2024.