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Plano Safra de R$ 364,22 bilhões para o agronegócio é lançado pelo Governo Federal

Mais de R$ 300 bilhões iram financiar a agricultura e pecuária do Brasil.

Philipe Campos

O presidente Lula, lançou na última terça feira (27) o Plano safra 2023/24 com mais de R$ 300 bilhões para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial do país. O Plano Safra tem como objetivo incentivar o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.

De acordo com o presidente, o total é 26,8% maior que os valores destinados no plano anterior, de 2022/2023, de R$ 287,16 bilhões para o Pronamp e os demais produtores. “É o primeiro Plano Safra do nosso governo e como os outros, de 2003 a 2015, eu não tenho medo de dizer para vocês que todos os anos a gente vai fazer planos melhores do que no ano anterior. Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um Plano Safra. Se enganam aqueles que pensam que o governo vai fazer mais ou fazer menos porque tem problemas ou não problemas com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não age assim, a cabeça de um governo responsável não tem a pequenez de ficar insultando, insuflando o ódio entre as pessoas. Esse país só vai dar certo se todo mundo ganhar”, explicou o presidente.

Sustentabilidade no plano

Para o presidente Lula, o setor produtivo não pode ser “predador” das riquezas naturais do país, que são um bem para as futuras gerações, ou seja, não precisamos desmatar nada para criar mais gado, para plantar mais soja, nós temos possibilidade de recuperar milhões de hectares de terra degradadas que esse país tem.

O presidente também levantou uma questão bastante importante que o não desmatamento e disse “a questão de não desmatar, seja o Cerrado, seja o Pantanal, seja a Amazônia, é por uma questão de garantia desse país e da qualidade do ar em que nós queremos viver e da qualidade das coisas que nós queremos produzir. Não é de hoje que, de vez em quando, aparece um espertinho querendo plantar cana de açúcar no Pantanal. O Pantanal tem 1001 utilidades para o Brasil, menos de plantar cana”, ressaltou.

Foto: Joédson Alves – Agência Brasil

Juros e taxas

Do total de recursos anunciados para a agricultura empresarial, mais de R$200 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização. E mais de R$ 90 bilhões serão para investimentos.

Em relação ao tipo de financiamento, serão R$ 186,4 bilhões com taxas controladas, dos quais R$ 84,9 bilhões com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões serão destinados a taxas livres.

As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% ao ano para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% ao ano e 12,5% ao ano, de acordo com o programa.

Através do Plano Safra o Governo também quer fortalecer os médios produtores rurais com maior disponibilidade de recursos para custeio e para investimento. Além disso, o limite de renda bruta anual para o enquadramento no Pronamp passou de R$ 2,4 milhões para R$ 3 milhões. A mudança leva em consideração a elevação dos preços dos produtos agrícolas.

Os produtores que estiverem enquadrados no Pronamp terão taxas de juros mais baixas para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas por meio do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). O acesso a esses recursos será com taxa de juro de 10,5% para o Pronamp, sem limite de financiamento. Para os demais produtores, a taxa de juros permanece em 12,5%.

O limite de financiamento de investimentos no Pronamp passa de R$ 430 mil para R$ 600 por beneficiário, por ano.

Fonte: Agência Brasil