Procurador diz que esquema de Cabral colaborou para crise no Rio
O procurador da República, Leonardo Cardoso de Freitas, disse que a corrupção praticada pelo ex-governador Sérgio Cabral agravou a crise financeira que vive o Estado do Rio. O governo calcula o rombo nas contas deste ano em R$ 17,5 bilhões. Segundo a denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira, no âmbito da Operação Calicute, o grupo de Cabral teria desviado R$ 224 milhões em obras públicas com diversas empreiteiras como na reforma do Maracanã, o Arco Metropolitano e o PAC das Favelas. Cabral está preso desde a deflagração da Calicute, no último dia 17.
Na decisão em que prendeu Cabral, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, escreveu também que “com a corrosão dos orçamentos públicos, depreciados pelo ‘custo-corrupção’, toda a sociedade vem a ser chamada a cobrir seguidos rombos orçamentários”. “Aliás, exatamente essa é a razão que levou o governador do Estado do Rio de Janeiro em exercício a decretar, no dia 17 de junho deste ano, o estado de calamidade pública devido à crise financeira”, escreveu o juiz.