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Reality show: um fenômeno que conquistou o Brasil

Definitivamente, eles chegaram para ficar.

Andie Carolina

Na última terça-feira, 26 de abril, a 22° edição do reality show Big Brother Brasil terminou. No ar desde 2002 o programa continua a ser um dos maiores fenômenos de audiência da Rede Globo. Isso explica a insistência do canal em renovar a exibição da atração ano após ano. Para se ter uma ideia, é estimado que uma média de 5 milhões de pessoas assistiram à produção comandada por Tadeu Schmidt, todas as noites durante os 100 dias em que esteve no ar.

Porém, o sucesso do BBB, e de outros realitys (No Limite, Power Couple, A Fazenda, De Férias com o Ex, etc.), não se limita apenas aos números de audiência na televisão. O fenômeno se estende e toma proporções ainda maiores na internet.

Domínio das redes sociais

Os fãs dos participantes levantam discussões sobre os mais mínimos detalhes ocorridos no dia a dia destes programas, fazendo com que plataformas como o Twitter, por exemplo, fiquem repletas de assuntos relacionados às atrações. Além disso, esse tipo de produto ganha as manchetes até mesmo nas emissoras concorrentes, vira pauta para canais no Youtube, Podcasts, artigos jornalísticos (como esse que você está lendo agora), e levanta a torcida de figuras públicas, que agitam as suas próprias redes sociais a fim de demonstrar favoritismo para algum ou outro participante.

Diante destes fatos, fica a pergunta: por que reality shows fazem tanto sucesso no Brasil e no mundo?

A resposta não é tão difícil de ser encontrada, segundo estudiosos da psicologia. Para estes profissionais, o fascínio está justamente em ver essas figuras televisionadas vivendo coisas comuns do dia a dia. Afinal, quer coisa mais fascinante do que ver a Jade Picon (empresária, youtuber e influenciadora digital com mais de 20 milhões de seguidores) fazendo tarefas domésticas? O famoso “gente como a gente.”

Aliado a isso, também entra a questão da identificação. Como geralmente realitys juntam um grande número de pessoas dentro da mesma casa, é natural que seja um conjunto de diferentes histórias e personalidades.

Adrine Galisteu comanda o Power Couple Brasil na Rede Record. Foto: divulgação

Desta forma, o telespectador sempre acaba se identificando com as vivências e o jeito de ser dos participantes, o que leva a uma torcida apaixonada e o desejo de seguir acompanhando aquela jornada dia após dia. Por se tratar de situações e sentimentos reais, esses realitys também costumam produzir, graças à visão do público, os “vilões” e os “mocinhos” em todas as edições. Então, novamente, seja para defender o mocinho ou para atacar o vilão, o público encontra mais um motivo para fazer do reality um foco de grande atenção.

Competidores por natureza

Fugindo de roteiros como acontece nas novelas, por exemplo, há um outro elemento fundamental para o sucesso de realitys: o surgimento de casais dentro das atrações. Quem não gostaria de ver nascer uma história de amor de forma natural e ainda poder acompanhar o dia a dia dos dois, com todos os seus altos e baixos?

Por fim, é muito importante salientar uma característica muito presente na psique humana, que é a competição. Sim, seres humanos são competidores por natureza. E do momento em que acontece o apego com determinado participante, cresce no coração daquele torcedor o desejo de ver o seu favorito ganhando as provas, ganhando vantagens dentro do jogo, se destacando em enfrentamentos com outros participantes e claro, em alcançar o objetivo final, que é se consagrar o campeão. Isso porque, o sentimento que fica é que a vitória do seu favorito, é como se fosse a sua própria vitória.

Andie Carolina é graduada em Publicidade e Propaganda. E, apaixonada por música, séries, televisão e cinema. Instagram: @AndieCarolinaP