O Rio é primeira cidade do Brasil a ter este observatório.
Philipe Campos
De acordo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Rio de Janeiro é a primeira cidade a ter um “Observatório de calor”. Essa iniciativa é uma parceria entre cientistas da UFRJ como o município. Num dia típico de verão, por exemplo, houve um amplo monitoramento de oscilações de temperatura em 18 diferentes áreas da cidade.
Baseado nesses pontos, os cientistas selecionaram rotas para percorrer com veículos. Um sensor de medição de temperatura foi acoplado nos carros, além do GPS, tornando possível conseguir essa informação em alta resolução espacial.
De acordo com a coordenadora do projeto, Núbia Beray Armond, esse levantamento foi realizado levando algumas considerações como a primeira delas foi a escolha de áreas de potencial exposição da população ao calor.
A coordenadora afirmou que “a gente primeiro selecionou alguns pontos estratégicos na cidade no qual a gente teria a concentração grande populacional: pontos de ônibus, BRT, grandes escolas públicas e particulares, hospitais, etc”.
O que a cidade do Rio ganha com esse observatório
De acordo com Núbia, “É a primeira vez que uma cidade metropolitana como o Rio de Janeiro apresenta um monitoramento em altíssima resolução e a gente tem, em geral, dados de temperatura de superfície que permitem que a gente identifique a temperatura numa escala de 30 metros. Agora a gente consegue medir a temperatura do ar na altura do pedestre e em altíssima resolução” explicou.
A pesquisa do Observatório de Calor, contou com o trabalho de 66 voluntários, sendo percorridos mais de 600km² em 80 bairros da cidade e ainda apontou como um dos pontos mais aquecidos a Avenida Presidente Vargas devido ser uma avenida com fluxo de veículos muito intenso, fluxo de pedestres muito intenso e padrões de edifícios muito elevados que acabam deixando o calor aprisionado nessa área.
Fonte: Globo News
