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Segunda onda de Covid-19 em Alagoas é confirmada por pesquisadores da Ufal

Crescimento no número de casos tem provocado alerta

Thaís Paim

O relatório da 51ª Semana Epidemiológica (de 13 a 19 de dezembro) foi divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas. O documento confirma a segunda onda de casos do coronavírus em Alagoas.

Apesar do crescimento no número de casos e a divulgação do levantamento da semana epidemiológica, foi neste mesmo dia em que o governador Renan Filho anunciou o retorno das aulas presenciais a partir do dia 21 de janeiro.

“Após um período de quase dois meses com baixa incidência de casos, o estado voltou a registrar aumento de casos, seguido da alta de óbitos, tendência que deve se manter nas próximas semanas segundo predições realizadas por diversos grupos de pesquisa que têm se dedicado ao tema, como o Observatório de Síndromes Respiratórias da UFPB”, afirma o relatório.

O agravamento da situação diante do alto número de casos suspeitos de Covid-19 em todo estado foi apontado pelos pesquisadores. Além disso, segundo eles, houve um forte crescimento na incidência de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, bem como de óbitos. Os números da última semana epidemiológica apontam mais 2.801 casos e 32 óbitos.

“Quando comparados com a semana anterior, esses números representam um aumento de 49% e 52%, respectivamente. Além disso, o estado continua apresentando um alto número de casos suspeitos [9.429 em 20/12], o que indica mais uma evidência do agravamento da situação”, diz trecho do relatório.

Capital alagoana concentra crescimento de casos

O estudo aponta que o cenário atual é semelhante ao dos primeiros meses da pandemia quando os casos se concentraram em Maceió. Mas, na semana avaliada, os casos também têm se expandindo pelas demais regiões do estado.

Os pesquisadores avaliaram a situação e afirmaram que: “Assim, espera-se que nas próximas semanas a incidência de casos no interior do estado volte a ultrapassar a da capital, fenômeno semelhante ao ocorrido em maio, quando houve a ascensão da primeira onda de contágio do novo Coronavírus”.

O estudo conclui que a volta à normalidade está condicionada a uma imunização coletiva através de um amplo programa de vacinação. Os pesquisadores reforçam que é preciso redobrar a atenção para o cumprimento das medidas de prevenção, como a utilização da máscara, higienização das mãos e distanciamento social.