A espera chegou ao fim! As instalações do Cinemark, no Shopping Jequitibá, já estão em funcionamento! A expectativa pela
Cinemark Itabuna Foto: Sandro Lyra
inauguração do cinema em Itabuna era muito grande, pois há muitos anos a cidade não oferece esse tipo de entretenimento. Inicialmente, estão em cartaz os filmes Malévola 2 (Dona do Mal) e Star Wars – A Ascensão de Skywalker. Este último também pode ser assistido em versão 3D. O valor da entrada é de R$24,00 e meia entrada por R$12,00.
A Secretaria de Educação de Ilhéus implanta nas escolas Darcy Ribeiro, Odete Salma e Instituto Municipal de Ensino (IME) Eusínio Lavigne o projeto Sociocultural Arte-Dança, que objetiva incentivar a leitura, a formação de plateia, fomentar a cultura e promover o conhecimento das obras do escritor Jorge Amado. O lançamento acontece no dia 6 de novembro, a partir das 18 horas, com espetáculos de balé, hip hop e danças interpretados por alunos sobre “Gabriela”, “Tereza Batista”, “Capitães de Areia”, dentre outras. O evento conta com a participação de 140 crianças da rede municipal.
Coordenado pela professora e coreógrafa Sôanne Marry Loiola, o espetáculo “EducaDance” tem a finalidade de mostrar o resultado do aprendizado ocorrido durante o ano letivo, e apresentar as diversas formas de manifestações culturais que fazem parte do variado repertório da cultura regional. O evento conta com a participação dos estagiários de educação física Elison Santos e Thielle Medrado, da Unime, e apoio da Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho.
Sôanne Marry Loiola informa que este ano o projeto terá a participação de professoras da rede municipal de ensino integrantes do “Programa de Atividade Física e Qualidade de Vida” que vão apresentar coreografias no segundo ato do espetáculo dedicado ao escritor Jorge Amado. “O objetivo é realizar a conscientização corporal utilizando músicas clássicas e específicas para aulas de balé clássico livre, jazz e hip hop, dando aos alunos da rede pública a oportunidade de desenvolver cultural e socialmente através da dança e da educação, e proporcionar a inclusão social”, ressaltou.
A coreógrafa relata ainda que a implantação do projeto surgiu através da visualização de uma necessidade latente de apoio a ampliação das atividades de arte-educação no município de Ilhéus, principalmente em se tratando de comunidades onde o fluxo de crianças e adolescentes sem oportunidades artístico-cultural é considerável. “A dança é sem dúvida uma das maiores catalisadoras da manifestação e expressão do movimento humano. Crianças e adolescentes necessitam de experiências de comunicação que permitam desenvolver sua criatividade e interpretatividade por meio dos eixos da arte”, conta.
Os caminhos, muitas vezes tortuosos, que levam brasileiros à inovação poderão ser percorridos a partir de hoje (25) no espaço do Rio de Janeiro dedicado à ciência e ao futuro. De forma lúdica e com linguagem audiovisual e interativa, Inovanças – Criações à Brasileira, a nova exposição temporária do Museu do Amanhã proporciona ao visitante uma viagem pelo mundo das criações nacionais, apresentando grandes feitos e, em alguns casos, talentos poucos reconhecidos.
A mostra é a primeira de caráter temporário integralmente concebida pela equipe do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que administra o Museu do Amanhã, e tem como curadores Luiz Alberto Oliveira e Leonardo Menezes.
Inspirada no cenário do filme Dogville, do cineasta dinamarquês Lars von Trier, o espaço, de 600 m², foi idealizado sem paredes, numa alusão à fluidez do processo criativo.
De acordo com o curador Leonardo Menezes, a ideia é mostrar que não há limites, nem barreiras ao conhecimento e à inventividade, além de apoiar ações que promovam a sustentabilidade e contribuam para a popularização e difusão da ciência e da tecnologia.
“Os processos naturais são fonte de inovação que inspiram os humanos a buscarem soluções de forma criativa. Desvios representam oportunidades na busca por soluções inéditas. Por tentativa e acerto, brasileiros e brasileiras criaram soluções que inovaram o país e o mundo”, disse ele, também gerente de Conteúdo, de Exposições e do Observatório do Amanhã do museu.
O visitante é apresentado a cerca de 40 inovações – do high ao low tech, com destaque para as tecnologias sociais – que transformam e beneficiam indivíduos e grupos em todas as regiões do Brasil e do exterior. As invenções são mostradas em vídeos, com declarações de seus criadores, e presencialmente, com a exposição dos objetos.
Mostra fica até 22 de outubro Fotos: Raquel Cunha
As criações estão distribuídas por sete áreas, que remetem a diferentes conceitos que caracterizam a inovação brasileira. Essas áreas receberam os nomes de Pyahu-Açu (“novidade grande”, em tupi-guarani), Inspirais, Errâncias, Brasilianxs, Inexspectata (“inesperado, em latim) Impromptu (“improviso”, em latim) e Awani Jö (“estamos juntos”, em iorubá).
A inspiração na natureza, a história do Brasil contada a partir da inovação, o “jeitinho brasileiro” utilizado de forma positiva na busca de soluções com profundo rigor técnico e a criatividade compartilhada entre profissionais heterogêneos são algumas das várias temáticas das sete áreas expositivas.
A exposição Criações à Brasileira fica em cartaz até 22 de outubro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O ingresso para a mostra temporária está incluído no valor da entrada para o museu, que custa R$ 20, a inteira, e R$ 10, a meia. O Museu do Amanhã fica na Praça Mauá, 1, no centro do Rio.
Com muitos projetos e planos de morar no continente europeu, o cineasta carioca Marcelo Paes de Carvalho faz um balanço do atual cenário cultural brasileiro. Conheça um melhor esse empreendedor, bem como seus posicionamentos nesta rica entrevista.
Blog Carvalho News – Fale-nos do seu longa documentário “Incêndio no Circo – Das Trevas à Luz”.
Marcelo Paes de Carvalho – O filme, um longa documentário, conta a tragédia que ocorreu em 1951, com o incêndio do Gran Circus Norte Americano, em Niterói, onde morreram 317 pessoas e mais de 500 feridos. Mas o filme fala não só sobre a tragédia em si, mas sobre como várias pessoas se destacaram no processo de recuperação daqueles enfermos, como a população se engajou, etc.
CN – Como funciona o seu processo para escolha de elenco?
Marcelo – Meu processo, na maioria das vezes, tem várias etapas, primeiro buscando conhecer os trabalhos anteriores daquele ator/atriz. Se eu acho legal, chamo para um teste, para ver se o personagem encaixa com aquele artista, pois muitas vezes temos atores/atrizes muito bons mas que não encaixam no personagem, e isso é o mais importante, precisa passar verdade, precisa de identificação, precisa de sangue no olho. Outras vezes, embora raramente, um personagem já é escrito pensando um determinado ator ou atriz, nesse caso, o processo é basicamente um convite.
Marcelo com o cacique Pataxó em Porto Seguro (BA) Foto: arquivo pessoal
CN – O que provocou a estagnação do cinema nacional?
Marcelo – Eu acho que a estagnação já passou. Com a retomada, muita coisa legal vem acontecendo, e o cinema brasileiro vive uma efervescência criativa. Nosso problema é outro, gravíssimo: A falta de público interessado em assistir o filme brasileiro que não seja a comédia, os filmes que já tem bilheteria certa. E mais importante do que discutir problema, é debater solução, que nesse caso, passa pela formação de plateia, desde crianças, a formação na área audiovisual, para que mais pessoas produzam, etc.
CN – Como você avalia o atual momento do cinema em nosso país?
Marcelo – Eu acho o cinema brasileiro lindo. Mas para isso, para constatar minha afirmação, é preciso sair do óbvio, é ir atrás de títulos diferenciados, é buscar o cinema que está sendo feito e não está sendo assistido, é buscar os novos nomes, os curta-metragistas, a galera que está respirando audiovisual por amor à causa. Para essas pessoas é que precisamos de mais políticas públicas, e não para o cinema comercial que já inclusive, poderia sobreviver sem as leis de incentivo.
CN – O Brasil vive um período complicado tanto na economia, quanto na política. Como tudo isso vem afetando suas produções?
Marcelo – Nós somos afetados pelo mundo que nos cerca o tempo todo, então vemos com olhos bastante atentos o que está acontecendo no país, na política, nos bastidores, essa crise de representação e até mesmo de identidade pela qual estamos passando, é olhar um congresso e não se reconhecer ali, embora reconheça ali também uma parcela da sociedade, e isso tudo é muito inquietante, e acaba influenciando até mesmo na nossa criatividade. E antes que me esqueça #FORATEMER.
CN – Voce é o presidente do Instituto Incartaz de Cultura, Educação e Inclusão Social. Qual a proposta dessa entidade?
Marcelo – O Instituto InCartaz surgiu em 2008 para dar vazão as nossas propostas e projetos de capacitação, principalmente em audiovisual. São projetos sociais, cursos, workshops, etc., tudo buscando uma maior inclusão social e a capacitação profissional nas artes.
CN – Quais seus projetos a médio prazo?
Marcelo – Estou indo morar na Europa, olhar o Brasil um pouco de fora, então à partir de 2017, passarei sempre 6 meses lá, 6 aqui, já que não consigo imaginar viver sem minhas andanças por esse país que tanto amo. E a meta é, além de finalizar os projetos em andamento (filmes, séries, etc) é fortalecer cada vez mais o projeto FILMINBRASIL, que capacita pessoas para trabalhar na área audiovisual em todo o país, com vários parceiros, em vários estados.
CN – Qual a mensagem que gostaria de deixar para os leitores do blog?
Marcelo – O que eu quero para os leitores é que olhem a arte como algo não só belo, mas necessário. Nesse momento estranho que estamos vivendo, onde chegamos a ver pessoas afirmando que os artistas eram apenas vagabundos (sendo que eu trabalho em média 18h por dia), precisamos incentivar a produção cultural brasileira mais do que nunca. A arte é sempre algo visto como secundário, quando não é. A arte realmente salva vidas. Esqueça os livros, a teoria, o pensamento, achando que isso é algo apenas subjetivo, pois não é. Uso sempre um exemplo que vivi para isso: Um dia, eu estava entrevistando pessoas, usuários de um hospital psiquiátrico, e elas tinham através de um projeto lindo da ECOAR – Educando com Arte (outra entidade da qual faço parte da diretoria), acesso a oficinas de dança. Uma senhorazinha, quando entrevistada, me deu o seguinte depoimento: “Sabe, meu filho… Ontem à noite, eu estava pensando em me suicidar… Mas aí, lembrei que hoje tinha aula de dança… Então, deixei para amanhã.” Pensem nisso, com carinho.