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Uerj sem condição de iniciar aulas no próximo semestre

O ano de 2017 já está na metade e a situação das universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro continua crítica. Uma carta assinada pelos reitores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da Uezo (Fundação Centro Universitário da Zona Oeste)  e da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) ressalta que as instituições não têm condições de iniciar as aulas do próximo semestre, caso não sejam quitados os salários atrasados dos servidores públicos. Na próxima semana, os estabelecimentos de ensino estaduais fecham ainda o segundo semestre 2016 — retomado em abril depois da greve. O período ainda não confirmado diz respeito ao primeiro de 2017.

“É importante ressaltar que só será possível o término do atual semestre tendo em vista o comprometimento dos professores, quadro técnico e das empresas prestadoras de serviço. Logo, se medidas não forem tomadas, Uerj, Uenf e Uezo não terão como iniciar as aulas no próximo semestre”, lê-se na mensagem de Ruy Garcia Marques, reitor da Uerj, Maria Cristina de Assis, da Uezo, e de Luis Passoni, da Uenf.

uerj

Na carta, endereçada ao secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, Pedro Fernandes, os reitores ressaltam a importância da igualdade de tratamento entre todos os profissionais da educação do estado, em referência ao pagamento dos servidores da Secretaria de Educação.

Uma ação movida pela OAB-RJ obriga o governo a pagar os servidores da universidade na mesma data em que remunera os servidores da secretaria. Na carta, os reitores querem garantir a quitação dos salários atrasados de todas as instituições vinculadas à Ciência e à Tecnologia — o 13º salário de 2016 e os vencimentos de abril, maio e junho.

Os reitores ressaltam que a quitação dos débitos é fundamental para a manutenção das atividades educacionais. As paralisações geram, segundo eles, prejuízo direto a mais de 150 mil alunas da rede pública de ensino e às atividades econômicas e sociais ligadas aos institutos.