Varíola dos macacos exige medidas para evitar epidemia de novos casos no Brasil
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola de macaco é uma doença que não é tão divulgada e conhecida. Na África, estão concentrados os maiores números de casos da doença no país.
William Gama
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou recomendações preventivas para conter e prevenir a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil.
De acordo com a agência, estão sendo reforçadas medidas de precauções nos aeroportos, cujo objetivo, é a proteção dos transeuntes destes espaços. Segundo a Anvisa estão sendo tomadas todas as precauções contra todo e qualquer tipo de possíveis epidemias, para que o país não seja acometido por nenhuma doença contagiosa.
Em nota divulgada, a agência esclareceu que não recomenda neste momento, o isolamento das pessoas como medida de prevenção desta doença. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos através do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vírus. O vírus pode ser transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluídos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados como roupas de cama’’, destaca a nota.
Doença ainda é desconhecida
Ainda foi informado, que a pasta está buscando apoio de agências internacionais de outros órgãos ligados diretamente à saúde mundial, para promover ações e monitorar o crescimento e a evolução do vírus da varíola dos macacos no Brasil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola de macaco é uma doença que não é tão divulgada e conhecida. Este fato se deve, porque é na África que estão concentrados os maiores números de casos desta doença neste país.
De acordo com a OMS, existem 131 novos casos confirmados da varíola dos macacos registrados em outros países e 106 suspeitos, desde o primeiro infectado pela doença no último dia 7 de maio.
Com o avanço da doença, o Ministério da Saúde decidiu criar uma sala de monitoramento da varíola dos macacos no país. O intuito é traçar um plano de ação e estratégias de rastreamento de pessoas que possam serem suspeitas de terem sidas infectadas pelo vírus e serem tomadas as primeiras providências clínicas para realização do tratamento. “Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país”, mencionou o Ministério da Saúde, em nota a imprensa.
Maioria dos casos são na Europa
A direção da agência de saúde pública da África afirmou que a varíola dos macacos é uma infecção viral, de nível leve, endêmica em países de continentes africanos. Causou alerta, nos demais países a partir do surgimento de 200 novos casos em 19 países no início do mês de maio.
A maioria desses casos, surgiram na Europa, mas, nenhum caso de morte foi divulgado até o presente momento. Ahmed Ogwell Ouma, do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, afirmou em entrevista coletiva, que a distribuição de vacinas deve ser realizada de acordo com a demanda dos países mais necessitados, baseada nos riscos de crescimento da epidemia e não por países que tem um grande potencial econômico. Ouma compara a situação vivenciada na pandemia da covid-19, em que países ricos acumularam vacinas e insumos, e esta situação agravou na compra de suprimentos e imunizantes pelos países mais pobres.
William Gama é formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e Mestrando em História (UNICAP). Gosta de produzir matérias de diferentes nichos em Mídias e Redes Sociais. Instagram: williamgama.j