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Belo Horizonte tem mais de 500 espécies de árvores floríferas

Protagonistas de ruas coloridas e homenagens a entes queridos, as flores são mais importantes para Belo Horizonte do que se possa imaginar

Pedro Madeira

Clique aqui para ouvir a reportagem.

Quem anda pelas ruas de Belo Horizonte, independentemente da época do ano, encontra flores na copa das árvores que embelezam a vista por onde se passa.

De acordo com o Inventário das Árvores de Belo Horizonte, realizado pela prefeitura e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que observou mais de 300 mil árvores, a capital mineira tem 566 espécies de árvores floríferas, ou seja, que dão flores. Dessas, há 306 espécies com floração expressiva, enquanto 141 produzem frutos que podem ser consumidos por animais e humanos.

Isso evidencia a abundância e importância da flora belo-horizontina, que se mistura de maneira consideravelmente harmoniosa com as partes mais urbanas da cidade. As flores, especificamente, criam belas paisagens e trazem leveza a uma das maiores metrópoles do Brasil, além de serem importantes itens de decoração e até mesmo de homenagens.

Árvores de flores mais comuns em Belo Horizonte

Júlio De Marco, um dos responsáveis pelo processo de catalogação, afirma que a árvore florífera mais encontrada em BH é a sibipiruna. “Essa é uma árvore nativa brasileira, de grande porte e usada na arborização da maioria das grandes cidades […] Em Belo Horizonte é muito comum em todas as regiões”.

As dez espécies de árvores de flores mais comuns da capital de Minas Gerais são:

  1. Sibipiruna – 18.946
  2. Murta – 18.585
  3. Quaresmeira – 10.502
  4. Ipê rosa – 9.665
  5. Resedá – 6.321
  6. Pata de vaca – 6.263
  7. Ipê tabaco – 6.034
  8. Magnólia – 5.599
  9. Escumilha africana – 5.388
  10. Ipê amarelo – 2.807

O oeste de Belo Horizonte é o mais florido da cidade, seguido do centro-sul, leste e noroeste. No bairro Betânia, por exemplo, as sibipirunas colorem grande parte do caminho dos moradores. O ipê rosa, embora ocupe o quarto lugar na lista, chama muita atenção em junho, quando começa o inverno e as flores caem.

A murta é conhecida pelo cheiro característico, enquanto a quaresmeira é amada pelos moradores de BH pelo tom vibrante de rosa/roxo – além da conexão com a quaresma devido a seu período de floração, que acontece entre dezembro e março e mantém as flores bonitas até abril.

Preservação

A Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo do Estado conduzem ações que visam a preservação e conservação da natureza local.

Em janeiro deste ano, por exemplo, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 16ª Promotoria de Justiça de Defesa de Habitação e Urbanismo da capital, recebeu representantes de coletivos ambientais para conversar sobre a construção de um empreendimento em área verde no bairro Jardim América, na zona oeste de BH.

De acordo com o movimento SOS Mata do Jardim América, criado justamente para defender essa causa específica, as obras preveem que 465 árvores sejam derrubadas, o que causaria sérios danos ao meio ambiente e ao bem-estar dos moradores do bairro em questão, além do Gutierrez, Nova Suíça, Nova Granada, Calafate, Prado, Barroca, Alto Barroca, Salgado Filho e Grajaú.

Os participantes encararam o encontro com bons olhos, incluindo a deputada federal Duda Salabert, que avaliou de maneira positiva o diálogo com o MP. Um abaixo-assinado com 15 mil assinaturas de membros da comunidade, em defesa da mata do Jardim América, foi entregue.

No mesmo mês, uma PEC (Proposta de Emenda à Construção) que permite a redução, de modo facultativo, do valor do IPTU como maneira de incentivo à preservação ambiental, foi aprovada pelo Senado. O texto está sendo considerado pela Câmara dos Deputados.

A “PEC do IPTU Verde” sugere alíquotas diferenciadas na taxa para os imóveis que aproveitem a água da chuva, o reúso ou tratamento das águas residuais, que tenham telhados verdes, energia renovável, entre outras soluções. Por fim, também determina que não haja cobrança de IPTU sobre área ocupada por vegetação nativa.

Homenagem com flores

Além de embelezar o município e contribuir para o equilíbrio ambiental de Belo Horizonte com suas inúmeras espécies, as flores são, por si só, itens importantes de homenagem. As lojas especializadas vendem arranjos para serem presenteados a entes queridos ou como uma forma de lembrar de quem já se foi.

Especialmente em novembro, por causa do Dia de Finados, a comercialização de flores é muito forte. Nessa época do ano, como mostram dados de um levantamento feito pelo G1, a flor mais popular em todo o Brasil é o crisântemo, espécie bastante relacionada a cerimônias fúnebres.

Em cenários como esse, as coroas de flores são o tipo de ornamentação mais comum. Hoje em dia, existem variações de tipo de flores, tamanhos, preços e opções customizadas de faixas de homenagem, permitindo que cada um escolha o que mais se encaixa com seu gosto pessoal e orçamento.

Aos que têm interesse em adquirir coroas de flores em Belo Horizonte, recomenda-se optar pelas compras on-line, já que permitem mais rapidez e praticidade.

Basta efetuar a compra na loja virtual e inserir o endereço de entrega, indicando também a data. As entregas são feitas em todos os cemitérios de BH, sem nenhum custo de frete. Caso algum suporte seja necessário, o atendimento funciona 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados.