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Paralisação e frota de ônibus reduzida em Salvador

Rodoviários reivindicam itens da campanha salarial

Philipe Campos

Na madrugada desta quinta-feira(4) na capital baiana, Salvador, rodoviários do transporte público iniciaram uma paralisação, reivindicando itens de campanha salarial. A manifestação causou transtornos por toda cidade, e a frota reduzida só começou a circular depois das 8h da manhã. Cerca de 300 ônibus estão parados na garagem da concessionária OT Trans que opera na cidade.

De acordo com o presidente do sindicato dos rodoviários, Hélio Ferreira, “queremos destacar três itens cruciais das reivindicações, resolver o problema da compensação de horas, ganho real do salário através do aumento, aumento do ticket alimentação, tem até trabalhador sem receber suas indenizações, durante a pandemia tinham em média 2216 ônibus, hoje são pelo menos 1800 operando.

Os consórcios tinham 17 empresas e perdemos também mais de 500 ou seja mais 1 mil ônibus a menos na cidade. A população aumenta e a frota diminui” explicou.

Ainda de acordo com o presidente, existe um estudo solicitado pela prefeitura para retirada dos cobradores e ele pede que o prefeito suspenda este estudo, e não retire estes trabalhadores para que o transporte público não seja cada vez mais prejudicado.

Trabalhadores afetados

Por conta da redução dos veículos, os passageiros precisaram se espremer dentro dos coletivos. Por causa da redução da frota, muitas pessoas não conseguiram entrar nos ônibus que circularam, porque eles acabaram lotados. Os pontos de ônibus ficaram cheios.

A paralisação além de afetar o centro da cidade, também afeta o subúrbio, onde se concentra grande parte dos trabalhadores e estudantes que precisam do transporte urbano para se locomover, pela falta de outro sistema de transporte rodoviário.

Reivindicações dos rodoviários:

  • Reajuste salarial entre 10% e 11%;
  • Aumento de 10% no tíquete alimentação;
  • Compensação das horas extras;
  • Permanência dos cobradores das passagens nos veículos.

De acordo com os rodoviários, caso as reivindicações não voltem a ser negociadas pelas empresas de ônibus, ações da categoria serão refeitas, como assembleias, passeatas por toda cidade e greve que pode durar 24 horas.

Ações da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) 

Durante a paralisação, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana disponibilizou ônibus do sistema complementar, os chamados “amarelinhos”, para dar apoio à operação emergencial até que o funcionamento dos ônibus seja normalizado.

Segundo o representante das concessionárias, Jorge Castro, o setor passa por dificuldades financeiras e não tem a possibilidade de atender aos rodoviários. E não está em pauta a questão da retirada dos cobradores de passagem dos ônibus, esses trabalhadores seguirão trabalhando normalmente.

A Semob também informou que acompanha a movimentação nos principais pontos da cidade e nas estações, para orientar os usuários durante a paralisação. E que tem acompanhado as negociações entre os rodoviários e as concessionárias.

Fontes: Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Salvador

TV Bahia

Globo Bahia