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Voos do Aeroporto Santos Dumont são limitados pelo governo do Rio e Galeão registra aumento

Estimativas dizem que medida pode gerar ao longo de 10 anos, mais de R$ 50 bilhões para economia do Rio.

Philipe Campos

A portaria que prevê a redução de voos no aeroporto Santos Dumont e aumenta o número de voos no aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, foi assinada na tarde da última quinta-feira (10), como a presença do presidente Lula, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França e o prefeito do Rio, Eduardo no Porto Maravilha, na região Portuário do Rio de Janeiro.

Conforme foi dito pelo prefeito Eduardo Paes em outras coletivas de imprensa, a medida deve ser adotada em caráter de urgência a partir do dia 2 de janeiro de 2024, para permitir a adequação das malhas das empresas aéreas. De acordo com a resolução, as operações no Santos Dumont devem ser planejadas levando em consideração a distância máxima de 400 quilômetros de seu destino ou origem, em aeroportos de voos domésticos.

Com essa medida, o aeroporto só poderá manter rotas para São Paulo, Belo Horizonte e Vitória. Porém, o Santos Dumont não irá manter as operações com aeroportos internacionais, como Guarulhos e Confins, por exemplo.

De acordo com o presidente Lula, “não era preciso ser engenheiro ou gestor para saber que não tinha sentido o aeroporto do Galeão ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, preferem sair do Santos Dumont. O Galeão foi construído para ser o aeroporto internacional, a entrada de qualquer estrangeiro que quisesse vir para o Brasil”.

Durante o evento no Porto Maravilha, o prefeito Eduardo também deu seu parecer sobre a medida: “eu também prefiro viajar no Santos Dumont, com aquela vista linda, um charme. Mas uma cidade como o Rio, sem um aeroporto internacional, é uma cidade fadada a se transformar num balneário charmoso. O voo internacional só vai onde tem voo doméstico, porque assim pode se deslocar pelo país. A briga não é contra o Santos Dumont em favor do Galeão, é uma questão de equilibrar o jogo que só fez mal ao Rio de Janeiro”.

Economia do Rio

De acordo com a prefeitura do Rio e estudos feitos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação e Simplificação mostram que somente com a coordenação entre os aeroportos, como é feito em outras grandes e importantes cidades do mundo, seria possível reverter a perda de passageiros do Galeão.

A pesquisa apontou que, entre 2019 e 2022, o aeroporto Internacional Tom Jobim registrou uma queda de 58% do fluxo de passageiros, ficando em 10º lugar no ranking de movimento de passageiros, em 2022, no país.

Estimativas da Secretaria apontam que a mudança pode gerar, ao longo de 10 anos, mais de R$ 50 bilhões para a economia do Estado do Rio de Janeiro e mais de 680 mil empregos.

Fonte: CNN Brasil