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Zema terá de se explicar sobre desobrigação de vacinar

Saulo Santos

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A decisão de não obrigar a vacinação para matrícula de estudantes na rede pública de ensino de Minas Gerais, proferida pelo governador Romeu Zema (Novo), pode custar muito caro para o político de extrema direita.

Segundo despacho do ministro Alexandre de Moraes desta quinta-feira (15/2), fica determinado que Zema deverá explicar tal decisão ao Supremo Tribunal Federal, em até cinco dias.

Como tudo ocorreu

Em vídeo divulgado nas redes sociais, junto do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleitinho (Republicanos-MG), Zema afirmou que não exigiria cartão de vacina para os estudantes.

Alexandre de Moraes pede esclarecimentos para saber se a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 754, que determina que fosse cumprida a imunização de menores de 18 anos contra a COVID-19, seguindo o que determina a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi violada ou não.

A decisão de Moraes atende a pedido da deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG), da deputada estadual Bella Gonçalves (Psol-MG) e das vereadoras Iza Lourença (Psol-MG) e Cida Falabella (Psol-MG), que pedem a remoção do vídeo da internet.

Apesar da fala, o governador ainda não adotou nenhuma medida para que deixe de ser exigido o cumprimento vacinal em crianças e adolescentes nas escolas públicas.

Após a divulgação das imagens e uma série de críticas, Zema argumentou, em entrevista à CNN, que as crianças deveriam estudar ciências para decidir se deveriam ou não serem vacinadas.