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Após anúncio da Petrobras, postos de combustíveis de Belo Horizonte já registram redução de valores nas bombas

O presidente da estatal, Jean Paul Prates, anunciou a redução nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha na semana passada

Philipe Campos

Desde o anúncio da Petrobras na semana passada, os postos de combustíveis de Belo Horizonte já começam a registrar recuo de valores nas bombas, reflexo do anúncio da estatal.

Segundo Vicente Francisco, gerente de um posto localizado na avenida José Cândido da Silveira, no bairro Ana Lúcia, em Sabará, na Grande Belo Horizonte, o valor do litro de gasolina, por exemplo, está sendo reduzido de maneira gradativa, desde o início da semana.

“O litro da gasolina estava em R$ 5,17. Já no dia seguinte, data do anúncio, passamos para R$ 5,09. Na quarta, recuamos para R$ 4,99. Nossa expectativa é que o movimento melhore nos próximos dias, uma vez que os consumidores aguardam que os preços caiam ainda mais”, explicou.

Em outro posto de combustíveis que fica na avenida Américo Vespúcio, no bairro Aparecida, Região Noroeste de Belo Horizonte, também foi possível reduzir o valor do litro da gasolina e do diesel nas bombas. De acordo com Fábio Melgaço, responsável pelo departamento financeiro do posto, “as reduções se deram após o anúncio da Petrobras. O movimento segue normal até agora, não foi possível ainda mensurar nada, considerando que a medida é recente. Mas nossa expectativa é que a procura aumente nos próximos dias”, esclareceu.

Minaspetro se manifestou por meio de nota

“Desde que a política de preços da Petrobras foi adotada em 2016, que balizou os valores da gasolina e do diesel com o mercado internacional, o Minaspetro se posicionou favorável à estratégia, tendo em vista que o PPI proporciona maior previsibilidade ao mercado e coloca a estatal mais competitiva e alinhada com as boas práticas internacionais de gestão”.

A entidade avalia com receio a nova política anunciada pela empresa. Inicialmente, os preços dos combustíveis podem, de fato, cair, mas a influência política nos valores de um produto que possui variáveis geradas por uma complexa indústria pode ser arriscada do ponto de vista gerencial para a estatal e tira a previsibilidade dos empresários varejistas e de outros elos do mercado.

Quais efeitos podem gerar?

Os efeitos podem ser oscilações ainda mais acentuadas, uma vez que a estatal fica refém de decisões que, muitas vezes, não levam em conta questões técnicas relevantes para a formação de preços. Alguns especialistas já apontaram que o caminho mais interessante seria a criação de um fundo que seria acionado quando alguma oscilação internacional influenciasse o preço do barril do petróleo, como uma guerra, por exemplo.

Petrobras anunciou na última semana a redução de 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel

Na última terça-feira (16), Jean Paul Prates fez o anúncio ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em Brasília. No início da manhã, estatal anunciou fim da paridade de importação do petróleo e nova política de preços. Os novos preços valem a partir desta quarta (17)

Segundo Jean Paul Prates, as reduções nas distribuidoras serão as seguintes:

·         gasolina A: redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%);

·         diesel A: redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%);

·         gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%).

Com essa redução, segundo a Petrobras, o preço do botijão de gás para o consumidor final pode cair abaixo dos R$ 100. O valor praticado na revenda, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo.

Fontes: Globo Minas Gerais / Petrobras