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“Dama das Fake News” é demitida do Estadão

Marcelo Carvalho

Segundo informações do site Diário do Centro do Mundo (DCM), a jornalista Andreza Matais, editora-chefe de Política do jornal O Estado de S. Paulo e chefe da sucursal de Brasília, apelidada de “Dama das Fake News” foi demitida nesta segunda-feira (29). O Estadão também demitiu Leonêncio Nossa, “braço direito” de Andreza e editor de Especiais no jornal.

Em novembro, o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPTDF) abriu investigações contra o Estadão e Andreza, após denúncias graves de assédio moral e constrangimento no ambiente de trabalho. Conforme a denúncia, a jornalista “assediou e obrigou repórteres recém-contratados” a publicar uma matéria relacionando o ministro da Justiça, Flávio Dino, com uma mulher classificada como “dama do tráfico do Amazonas”.

A editora teria pressionado jornalistas mais jovens e recém-contratados. Segundo a denúncia, eles eram forçados a redigir reportagens distorcidas para atender aos interesses pessoais da chefe. Notavelmente, Andreza é casada com um dirigente da federação PSDB-Cidadania, o que levanta suspeitas sobre possíveis conflitos de interesse político no jornal.

De acordo com a denúncia, Andreza possuía objetivo pessoal oculto de “revigorar a candidatura do ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU)”. Dantas chegou a aparecer como um dos nomes na disputa pela sucessão de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Portanto, os ataques a Dino atendiam a interesses pessoais da editora do Estadão.

Além disso, o MPT investiga o veículo e a jornalista por supostamente fraudar ou ordenar a fraude em documentos de registro de horas extras realizadas funcionários do jornal. De acordo com o DCM, essa disputa vem desde, pelo menos, maio do ano passado. E incluiu também a demissão de mais de uma dezena de funcionários insatisfeitos.