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Governo da Bahia anuncia realização da fase 3 de testes da vacina Sputnik V

Anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (17)

Thaís Paim

Alguns estados já têm se posicionado sobre a busca e interesse de contratos com empresas que estão produzindo vacinas contra o novo coronavírus. Na manhã desta quinta-feira (17) foi a vez do governador da Bahia, Rui Costa, anunciar que a fase 3 de testes da vacina Sputnik V, produzida pelo governo russo, está confirmada no estado. 

O gestor, que fez o anuncio através das redes sociais, revelou que o martelo sobre o assunto foi batido nesta quarta (16), em reunião do governo baiano com representantes do governo da Rússia e da União Química, empresa brasileira que vai produzir as vacinas no Brasil.

Em paralelo aos testes, necessários para que o imunizante receba certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a União Química começará, em janeiro, a produção de doses da Sputnik V. 

“Em janeiro a União Química dará início à produção das vacinas para que elas estejam disponíveis assim que a SputnikV for autorizada. Já asseguramos 50 milhões de doses, caso seja necessário fazermos a compra pelo Governo do Estado”, explicou o governador. 

Ainda de acordo com o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, o objetivo é de que a fabricação comece já no próximo dia 5. A meta é que a vacina esteja disponível assim que for autorizada pela agência reguladora. 

A Bahiafarma vai auxiliar na distribuição da vacina para outros estados e pode também disponibilizar sua estrutura para as etapas finais de produção da substância, de acordo com as informações divulgadas pelo governador. 

“Precisamos da vacina e vamos continuar trabalhando incansavelmente para que baianas e baianos sejam imunizados!”, concluiu Costa. 

Sobre a fase 3

Essa semana o laboratório russo Gamaleya revelou que a Sputnik V possui eficácia de 91,4% contra a Covid-19 . O percentual vem dos dados finais da fase 3 de ensaios clínicos.

Foram analisados números de 22.714 voluntários, dos quais 78 apresentaram Covid-19. O laboratório afirmou que destes, 62 faziam parte do grupo de controle, que recebe um placebo no lugar da vacina.

O imunizante também protegeu os voluntários da forma grave da doença em 100% dos casos. Entre os pacientes que receberam o placebo e se infectaram, 20 apresentaram sintomas graves.