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Parque do Ibitipoca em Minas Gerais completa 50 anos

O parque, que fica próximo à Serra da Mantiqueira, é o mais visitado entre as unidades de conservação de Minas Gerais.

Philipe Campos

Nesta terça-feira (4) o Parque Estadual do Ibitipoca, o mais famoso de Minas, completa 50 anos de existência. O parque já recebeu mais de 90 mil visitas por ano, sendo um dos mais procurados da Zona da Mata Mineira.

Sua origem

O nome “Ibitipoca” veio dos povos indígenas da língua tupi guarani que significa Serra que estoura ou simplesmente Serra estourada. O parque só foi criado após o povoado de Conceição de Ibitipoca já existir. O povoado era um dos lugares mais importantes de Minas Gerais, durante o ciclo do ouro, mas quando acabou a mineração veio a estagnação econômica. E no ano de 1973, finalmente foi criado o Parque Estadual para proteger e reverter o processo de retirada de madeira irregular, preservar a flora e a fauna, e explorar todo seu potencial turístico.

O Parque

O parque atualmente é uma reserva florestal de 1.488 hectares, localizado na Serra do Ibitipoca, uma ramificação da Serra da Mantiqueira com altitudes entre 1.200 e 1.784 metros, com predomínio de campos ferruginosos e bioma de Mata Atlântica.

A comunidade de Conceição de Ibitipoca tem pouco mais de mil habitantes e a principal fonte de renda é o turismo advindo da busca pelo parque criado em 1973.

O lugar é um dos mais visitados de Minas Gerais, fica localizado nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata Mineira, há pelo menos 70 quilômetros de Juiz de Fora. A visitação acontece todos os dias, inclusive feriados, das 7h às 18h.

Potencial turístico

O parque é dividido em três circuitos:

1 – Circuito das Águas;

2 – Circuito Janela do Céu;

3- Circuito do Pião.

O Circuito Janela do Céu, por exemplo, é o que tem maior grau de dificuldade. Ele é o maior do parque e tem 16 km de percurso. Nele estão:

– Pico do Cruzeiro;

– Gruta da Cruz;

– Lombada, ponto mais alto do parque com 1.784 m;

– Gruta dos Fugitivos;

– Gruta dos Três Arcos;

– Gruta do Moreiras;

– Janela do Céu;

– Cachoeirinha.

Investimento turístico e preservação

 Em dezembro do ano passado, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a empresa privada Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura assinaram o contrato de concessão de uso dos parques do Ibitipoca e Itacolomi pelos próximos 30 anos.

De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a concessão terá um investimento de R$ 15 milhões nos próximos seis anos. A empresa privada será responsável pela requalificação, modernização e operação dos parques e na aplicação dos recursos para a implantação, manutenção e reforma de infraestruturas, como, por exemplo, centro de visitantes, quiosques, mirantes e restaurantes.

Fontes: Globo Minas / Zona da Mata