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Sérgio Moro e André Janones trocam acusações nas redes sociais

Vídeo postado por Tacla Duran foi o estopim de discussão no Twitter

Philipe Campos

O final de semana foi bastante movimentado para o senador Sérgio Moro e o deputado federal André Janones, que após ter um vídeo compartilhado por Rodrigo Tacla Duram, os dois trocaram acusações no Twitter. O vídeo em pauta mostra Sérgio Moro sendo recebido com protestos em um aeroporto. Tacla Duran, foi um dos alvos da operação Lava Jato, apontado como um dos operadores de propina na Odebrecht.

Na sequência da discussão entre os parlamentares, o senador do Paraná chamou Janones de “folclórico” e o acusou de propagar fake news. Moro ainda escreveu: “Continuo a circular muito bem atualmente em locais públicos, inclusive em Confins. Quem é vaiado por aí é o seu dono”.

O ex-juiz da Lava Jato também questionou a credibilidade da palavra de pessoas que, segundo ele, são “patifes”. E acrescentou que o áudio “real” do vídeo em questão revela que ele foi, na verdade, ovacionado.

Janones, por sua vez, retrucou: “Essa não colou, marreco. Próxima…” e lembrou também que, ao sair do governo Jair Bolsonaro em 2020, Moro acusou o então presidente de interferir na Polícia Federal para, em 2022, o acompanhar na campanha à reeleição.

Por fim, Janones escreveu: “Todo mundo faz o quer com a Helow (sic) Kitty do Paraná”, acompanhado de emoticons de risadas.

Janones ganhou fama na internet

O deputado Janones tem sido bastante conhecido nas redes sociais por brigas políticas. O parlamentar ficou conhecido nas eleições de 2022 por renunciar a sua candidatura à Presidência da República para apoiar a volta de Lula ao Palácio do Planalto contra Jair Bolsonaro.

Quando era candidato ao Palácio do Planalto, Janones figurava com cerca de 2% das intenções de voto nas principais pesquisas. Mas foi como apoiador de Lula e candidato novamente à Câmara Federal que Janones caiu nas graças de parte do eleitorado e desagradou oponentes.

Janones também é conhecido por ter apoiado o atual presidente, mas não ganhou cargo algum no atual governo. Com perfil de militante digital, provocador, ácido e irreverente, o parlamentar também já havia declarado ofensas contra o deputado Nikolas Ferreira e respostas às ofensas de aliados do ex-presidente Bolsonaro.

No dia 28 de março, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ouvia esclarecimentos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre os atos terroristas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, Nikolas Ferreira tentava falar, mas foi interrompido por André Janones. “Vai chupetinha”, disse o mineiro, se dirigindo a Ferreira.

Janones, chegou a assumir a autoria da ofensa contra Nikolas Ferreira e declarou que continuará a provocar a ala bolsonarista no parlamento.“Fiquei esperando algum parlamentar que tivesse aqui nessa comissão a valentia que tem nas redes sociais, mas infelizmente parece que grande maioria dos bolsonaristas são frouxos, não têm coragem de dizer quem foi que chamou o deputado ‘Chupeta’ de ‘Chupetinha’. Quem usou essa expressão fui eu, e continuarei fazendo”, afirmou.

A ofensa “chupetinha” foi atribuída ao crime de homofobia por parlamentares do PL, que ameaçaram denunciar o deputado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Janones alegou que o nome se refere a uma “infantilidade” do deputado Nikolas Ferreira.

Fontes: Metrópoles / Twitter