Andie Carolina
Muita coisa mudou no mercado de trabalho desde o surgimento da pandemia de Covid-19 no mundo. Em meio à crise sanitária, inúmeras organizações tiveram que paralisar suas operações, outras, diminuíram o quadro de funcionários e alguns casos ainda mais severos, resultaram no fechamento da empresa.
E com isso, infelizmente, muitas pessoas se viram desempregadas. Mas foi justamente neste momento que começaram a surgir os novos empreendedores, pessoas que, para continuar garantindo o sustento de suas famílias, decidiram investir no próprio negócio. E com isso, a categoria MEI ganhou ainda mais força, uma tendência que continua a crescer.
MEI (Microempreendedor Individual) nada mais é do que um tipo de empresa, no caso, microempresas. Uma categoria criada para dar a profissionais autônomos o direito de formalizar suas atividades e negócios. Além de trabalhar formalmente, o profissional ou empresa classificados como MEI conta com diversos benefícios. Mas vale lembrar que nem tudo são flores e como em qualquer outro regime de trabalho, os microempreendedores individuais também enfrentam algumas dificuldades.
Mas primeiro, vamos às vantagens:
- Direito Beneficiário: o profissional MEI tem direito aos principais benefícios do INSS, como a aposentadoria por idade ou invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte, entre outros;
- Facilidades bancárias: atualmente os grandes bancos do Brasil oferecem diversos produtos feitos exclusivamente para microempreendedores, como o tão sonhado crédito para investir no próprio negócio;
- Facilidade de Tributação: ao contrário do que se possa pensar, o MEI tem o dever de pagar impostos, mas conta com a grande vantagem de ter um modelo simples de tributação, já que além de ser um valor baixo, também é um valor fixado;
- CNPJ e Nota Fiscal: o MEI consegue o CNJP de forma simples e grátis, além de também poder emitir notas fiscais, aumentando assim o leque de possibilidades dentro do mercado de trabalho;
- SEBRAE: profissionais cadastrados como MEI, caso tenham interesse, podem contar com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para aprender mais acerca do mercado e assim, alavancar o sucesso do próprio negócio.
Agora, as desvantagens:
- Faturamento anual limitado: o faturamento anual do MEI tem um limite de 81 mil por ano, o que dá um pouco mais de 6 mil por mês. Apesar de ser uma excelente quantia para muitos, para alguns, pode representar um problema de crescimento para a empresa;
- Limite de funcionários: e de fato, um ponto bastante limitante. O MEI pode contratar apenas um funcionário, o que pode ser bastante prejudicial caso o profissional precise de uma equipe maior para o dia a dia de trabalho;
- Não permite filiais: uma empresa registrada como MEI deve exercer as funções em apenas um ponto de trabalho. Para quem tem o objetivo de, logo de cara contar com mais um, essa categoria realmente não valeria a pena;
- Não permite sócios: se você pretende abrir um negócio em sociedade com outra pessoa, o MEI pode não ser a melhor opção. Afinal, essa categoria não permite sócios, assim como também não é permitido que a pessoa registrada como microempreendedor seja dono de outro negócio.
Após conhecer algumas das vantagens e desvantagens de ser um MEI, fica muito mais fácil tomar uma decisão, não é? E caso você decida que este é o modelo de negócio ideal para as suas necessidades, saiba que também é muito fácil realizar o cadastro. Basta criar uma conta no Portal de Serviços do Governo Federal, acessar a aba Quero ser MEI, preencher com os dados solicitados e após fazer o login, clicar em Formalize-se. Sucesso!
Andie Carolina é graduada em Publicidade e Propaganda. E, apaixonada por música, séries, televisão e cinema. Instagram: @AndieCarolinaP
