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Pesquisa aponta que gordura abdominal pode prejudicar a absorção de vitamina D

Pessoas com deficiência da vitamina podem desenvolver doenças como osteoporose.

Philipe Campos

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Carlos, pacientes com uma grande circunferência abdominal têm níveis mais baixos de vitamina D, o que sugere que a gordura pode interferir em uma substância tão importante para o organismo humano.

A vitamina D é fundamental para o desenvolvimento de ossos firmes. O sol é responsável por 90% da produção de vitamina D que o nosso organismo precisa. O nutriente também é importante na absorção de cálcio no intestino, regulagem de cálcio no sangue e de deixar os ossos mais firmes. A falta dessa vitamina pode aumentar a chance de várias doenças como a osteoporose que causa amolecimento dos ossos em adultos e raquitismo nas crianças.

De acordo com a médica endocrinologista Mariana Carvalho de Oliveira, “a vitamina D pode ser obtida de fontes animais e vegetais, entretanto, a vitamina D também vem da luz do sol. Como as pessoas se expõem pouco ao sol, principalmente nessa época de outono e inverno, é muito comum detectarmos deficiência de vitamina D. Quando há deficiência, não adianta só a exposição à luz do sol. É necessária uma suplementação que deve ser individualizada”, explicou.

Estudo científico

O estudo foi realizado em parceria com o College London, de Londres, estudando e analisando dados de 2.459 britânicos durante 4 anos, realizado pela Thaís Barros Pereira da Silva, durante sua iniciação científica no curso de gerontologia. Quem era obeso abdominal tinha maior risco de desenvolver insuficiência e deficiência da vitamina.

De acordo Thais, “as pessoas obesas abdominais apresentaram maior risco de desenvolver, ao longo de 4 anos, que foi o estudo específico, insuficiência e deficiência de vitamina D, em comparação com aquelas que não eram obesas abdominais” , explicou.

A pesquisa foi orientada por Tiago Alexandre, que afirma que, embora as informações coletadas sejam da saúde dos ingleses, essa descoberta é representativa para o mundo todo e o novo estudo complementa outras duaspesquisas, o que torna a investigação sobre insuficiência de vitamina D ainda mais ampla.

Ele explica também que “já tínhamos estudado através do mestrado de outra aluna que essa deficiência e insuficiência, aumentava o risco de a pessoa desenvolver dificuldade para realizar atividade do dia a dia, como tomar banho, se vestir, ir ao banheiro. A gente identificou que a deficiência de vitamina D aumenta o risco de ter fraqueza muscular porque a vitamina D também age no músculo. À medida que a gente vai descobrindo o que causa mais risco de as pessoas terem os problemas envolvidos no processo do envelhecimento, é mais fácil que possamos prevenir que estas condições aconteçam”.

A autora Thaís Barros e o orientador Tiago Alexandre, estão orgulhosos por protagonizarem mais esse avanço da ciência para o Brasil e para o mundo.

Fonte: Jornal da EPTV